PSTU-Paraíba

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, no último dia 05 de agosto, um estudo sobre o custo das cestas básicas em várias capitais brasileiras, dentre elas João Pessoa. Neste estudo, ficou evidente que, na capital paraibana, em plena pandemia do coronavírus, a cesta básica é uma das mais caras do país. Isso numa capital que, de acordo com o Observatório das Desigualdades das Metrópoles, tem 29,4% de sua população vivendo com ½ salário mínimo. Ou seja, de cada 100 trabalhadores/as na “Cidade das Acácias”, pouco mais de 29 sobrevivem com R$ 550/mês.

Segundo o DIEESE, a cesta básica em João Pessoa custou no último mês de julho o equivalente a R$ 492,30. Isso corresponde a 48,38% do salário mínimo ou às 98h28min trabalhados para se adquirir tais produtos da cesta básica. Levando-se em conta que cerca de 29 trabalhadores/as pessoenses vivem (ou sobrevivem) com R$ 550/mês, podemos imaginar o grau de miserabilidade que passam essas pessoas em nossa cidade, em que o prefeito Cícero Lucena (PP), aliado de Bolsonaro, prefere gastar dinheiro público com um novo letreiro no Busto de Tamandaré e permitir acesso a automóveis e motos no Largo de Tambaú para satisfazer a turistas e comerciantes, do que resolver os graves problemas sociais de nosso povo.

Esta situação por que passa a carestia da cesta básica acontece não apenas em João Pessoa, mas em outras 14 cidades espalhadas pelo país, refletindo a inflação galopante, à semelhança do que também acontece com os preços dos combustíveis e do gás de cozinha, que sobem sem parar, em plena pandemia do coronavírus, afetando cada vez mais o bolso da classe trabalhadora brasileira.

Enquanto isso, Bolsonaro continua seus ataques à nossa classe, avançando no Congresso com a privatização dos Correios, aprovando a grilagem e, agora, vetando o PL-827, que proíbe os despejos em imóveis comerciais e residenciais em tempos de pandemia por falta de pagamento.

Por isso, mais do que nunca, é fundamental levantarmos a bandeira do Fora Bolsonaro e Mourão, já! Bem como, construirmos uma alternativa operária e socialista para, efetivamente, darmos um novo rumo ao nosso país e à classe trabalhadora brasileira e a todos os explorados e oprimidos.