Você pode ter se encontrado com militantes do PSTU numa manifestação ou simplesmente distribuindo panfletos numa estação de trem ou metrô, denunciando um ataque aos direitos dos trabalhadores e chamando todos para a luta. Quando fazemos uma panfletagem de madrugada em portas de fábrica, vários trabalhadores nos perguntam: por que vocês estão aqui a essa hora nesse frio? E quando sabem que não ganhamos um centavo para isso se espantam.
Uma parte dos que passam por nós e veem nossas bandeiras vermelhas nos olha com desconfiança. Isso é um reflexo da desilusão no PT, falsamente associado ao socialismo. Para ficar bem claro: não temos nada a ver com o PT, fomos oposição a todos os seus governos.
Afinal, o que é o PSTU? Quem são seus militantes? O que defendemos? Qual é a causa pela qual lutamos?
Um partido contra o sistema
Em primeiro lugar, somos um partido da classe trabalhadora que defende os interesses de todos os explorados e oprimidos pelo capitalismo. Em nossas fileiras, não há lugar para exploradores, capitalistas, latifundiários e políticos corruptos. Em nossas reuniões, atos e congressos, você vai encontrar trabalhadores e trabalhadoras como você, jovens, estudantes, LGBTs, negros e negras.
Em nosso partido, a militância é voluntária. Nossa causa é a luta pelo socialismo. Nenhum de nós ganha dinheiro, cargos ou privilégios. Os poucos funcionários do partido ganham o mesmo salário de um trabalhador médio.
Um de nossos objetivos centrais é a mobilização e a organização da classe trabalhadora para lutar por seus direitos, unindo essa luta com a dos setores oprimidos contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia. Por isso, sempre estamos nas greves, nas ocupações de terrenos, nas escolas e nas fábricas. Da mesma forma, procuramos ajudar os sindicatos e as organizações estudantis e populares.
Sem aliança com a burguesia
Também participamos das eleições para divulgar o programa socialista e fazer propaganda do nosso partido. Porém sempre explicamos que, sob o capitalismo, as eleições são um jogo de cartas marcadas. Por isso, priorizamos as lutas diretas e não as eleições.
Não aceitamos frentes políticas com a burguesia. Defendemos a independência da classe trabalhadora e do partido diante dos governos e da burguesia.
Não admitimos carreiristas, políticos privilegiados ou corruptos. Nossos candidatos se comprometem, caso sejam eleitos, a viver com o salário de um trabalhador e entregar o resto para a causa operária e popular. Também não aceitamos dinheiro de empresas. Os próprios militantes e simpatizantes mantêm financeiramente o partido com suas contribuições.
Uma nova sociedade
O objetivo maior do PSTU é ajudar a classe trabalhadora a avançar em suas lutas cotidianas até chegar à conclusão de que é necessário conquistar o poder de Estado. Isso significa instaurar um governo dos trabalhadores e do povo pobre, baseado em conselhos populares, um novo tipo de Estado com um regime de ampla democracia operária contra a ditadura do capital que governa para 1% da população.
Caberia a esse governo dar os primeiros passos em direção ao socialismo. A socialização começaria pela expropriação imediata do capital, a abolição da propriedade privada dos bancos, das grandes indústrias, dos grandes estabelecimentos de comércio e das terras dos grandes latifundiários. Ela passaria a ser propriedade popular, coletiva, garantida pelo Estado e gerida pela administração socialista dos trabalhadores. Dessa forma, seria possível uma planificação democrática de toda a economia do país para garantir uma vida digna com emprego, salário, educação, saúde e moradia para todo o povo.
Revolução mundial
O socialismo deve ser um sistema mundial ou então a força do imperialismo o fará retroceder como aconteceu com as ditaduras stalinistas na ex-União Soviética, em China e em Cuba, onde o poder foi usurpado por burocracias privilegiadas. Por isso, o PSTU luta por uma revolução socialista mundial e, junto com várias organizações de diferentes países que fazem parte da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI).
Democracia interna
Objetivos e um programa não bastam. A atividade prática de qualquer organização humana exige a correção de orientações, erros e problemas. Por isso, existe no PSTU um ambiente permanente de discussão, crítica e autocrítica. Tudo é discutido nos organismos de base e de direção e decidido democraticamente em congressos anuais. Todos devem seguir as resoluções votadas. Os dirigentes não são os donos do partido e são os principais responsáveis por aplicar o que foi resolvido.
Esse é nosso partido e temos muito orgulho de construí-lo. Você está convidado a participar conosco dessa grande empreitada revolucionária. Venha militar conosco. Venha para o PSTU!