Judeus protestam contra o genocídio palestino no Capitólio, nos EUA
Soraya Misleh, de São Paulo

Mundo afora milhares de pessoas estão ocupando às ruas contra o genocídio genocida, inclusive nos EUA. Judeus antissionistas crescem e levantam a bandeira “Não em nosso nome” – com a emblemática imagem de sua ocupação do Capitólio. 

Ordens de proibição de marchas em solidariedade ao povo palestino e pelo fim do genocídio em Gaza, em países europeus, são desafiadas de forma exemplar. Cem mil nas ruas de Londres, outros milhares em Paris, Frankfurt e muitas outras capitais. O mundo se levanta e abraça os palestinos e palestinas. Oprimidos e explorados dizem não ao genocídio.

Na América Latina também começam a haver grandes manifestações, como no Uruguai e no Brasil, com um ato que reuniu milhares no último dia 21 de outubro, em São Paulo. 

Nos diversos países árabes cenas belíssimas, com egípcios indo para as fronteiras carregando mochilas com água e alimentos para tentar furar o cerco total israelense ao gueto de Gaza.

Na Jordânia, a solidariedade acampa próxima à Embaixada de Israel. Árabes tentam entrar na Palestina ocupada para ajudar seus irmãos e são reprimidos pelos próprios governos. Na Cisjordânia, greve geral e fúria voltada inclusive ao QG da gerente da ocupação, a Autoridade Palestina, que reprime violentamente o povo. 

O imperialismo e o sionismo afundam em sua crise – e arrastarão consigo toda a cumplicidade criminosa, a história há de cobrar. A Palestina sangra, mas resiste. E se ergue, dos escombros da contínua Nakba, como a causa símbolo das lutas contra a opressão e exploração em todo o mundo. Até a libertação nacional, do rio ao mar.

Estratégia 

Por uma Palestina laica, democrática e não racista

Da redação 

O movimento operário internacional deve rejeitar impiedosamente as ações do imperialismo e dos governos subservientes em apoiar Israel nos ​​massacres contra os palestinos. A solução dos dois Estados está falida, como demonstrou a barbárie sionista desde os acordos de Oslo.  

Israel só pode subsistir como um Estado racista, repressor, genocida e em base à permanente agressão militar.  Defendemos a mais ampla unidade de ação com o Hamas e com todos que façam parte da resistência do povo palestino. Mas  temos diferenças políticas com a organização que tem uma direção burguesa e uma política conservadora que não defende abertamente uma Palestina Laica e Democrática. A libertação total da Palestina precisa combinar a luta por libertação nacional com um processo revolucionário e socialista. A paz só virá com a destruição do Estado racista de Israel e o estabelecimento de uma sociedade democrática e livre na Palestina, aberta a todos os palestinos – muçulmanos, cristãos e judeus. Essa é a bandeira da Palestina laica, democrática e não racista, que sintetiza uma das principais tarefas da revolução socialista na região.