A Petrobras é a maior empresa do Brasil e da América Latina. A rede produtiva que se articula em torno da empresa chega a 20% do PIB brasileiro. Tudo o que faz a Petrobrás influencia, para o bem e para o mal, a produção de riqueza do Brasil.

Defendemos que o preço de venda do combustível seja o preço de custo que sai da refinaria da Petrobrás, no caso da gasolina a R$ 1,54 e o diesel a R$ 0,93.

O uso de combustíveis é muito importante para o desenvolvimento do país, por isso defendemos vender esses produtos pelo seu preço de custo.

A política de preços da Petrobrás hoje, determinada pela variação do petróleo no mercado internacional, serve apenas para o enriquecimento dos acionistas privados da Petrobrás, que são grandes bancos estrangeiros.

Não tem como conciliar os interesses dos consumidores brasileiros que querem preços baixos dos combustíveis com os dos acionistas privados da Petrobrás que querem enriquecer à custa do povo brasileiro.

Cobrar R$ 4,80 reais pelo litro da gasolina que custa R$ 1,54 é um absurdo, porque temos petróleo sobrando (100 bilhões de barris) no Pré-sal.

Então, porque cobrar três vezes o valor de custo sabendo que isto prejudica a população e o desenvolvimento do país?

Isso ocorre porque a Petrobrás hoje está semiprivatizada, funciona para o lucro dos acionistas privados estrangeiros. Por isso, estas reservas de petróleo, que valem 5 trilhões de dólares, estão sendo vendidas por 1% do valor: aconteceu isto durante o Governo Dilma, no leilão de Libra, e agora deu um salto durante o governo Temer, que já realizou cinco leilões em 2 anos.

Desde FHC que os governos brasileiros estão destruindo a Petrobrás por dentro: privatizando, através de leilões e desinvestimento, terceirizando serviços e superexplorando seus funcionários. A Petrobrás era uma empresa completa integrada do poço ao posto. Os donos privados exigem que ela seja apenas exportadora de óleo cru e importadora de refinados.

Assim, o capital internacional está obrigando o Brasil a deixar de ser um país industrial para voltar a ser uma economia colonial, exportador de alimentos, minérios e petróleo. Estamos sendo recolonizados. É a volta do Brasil colonial.

Para mudar a política de preços da Petrobrás, temos que romper com o sistema capitalista brasileiro que é subserviente aos Estados Unidos.

Para mudar isto é necessário a volta do monopólio estatal do petróleo, estatizando todas as empresas do setor, com uma Petrobrás 100% estatal, sob controle dos trabalhadores e do povo brasileiro.

Só assim, junto com a reestatização das empresas privatizadas, da mineração, siderurgia, telefonia, eletricidade e transporte ferroviário, poderemos garantir um desenvolvimento do Brasil que favoreça os trabalhadores.

Como financiar a venda da gasolina, diesel e demais combustíveis pelo preço de custo?

Muito simples, propomos limitar drasticamente a remessa de lucros das multinacionais, que todo ano enviam dezenas de bilhões de dólares às suas matrizes (inclusive bilhões de dólares que se envia todo ano aos acionistas privados da Petrobrás em Nova York) e suspender o pagamento da dívida externa e interna aos grandes bancos, que todo ano recebem cerca de 200 bilhões de dólares somente em pagamento de juros.

Somente uma rebelião dos trabalhadores pode garantir essa revolução na Petrobrás e uma política de preços que ajude o Brasil e seu povo.

Mentem os candidatos que dizem resolver o problema com saídas cosméticas. A crise do Brasil é grande e só se resolverá com uma mudança profunda de sistema. Nossa pré-candidatura está ao serviço de preparar uma revolução dos trabalhadores contra os ricos daqui e de fora, que livre o Brasil do domínio imperialista e capitalista.

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