Na tarde desta segunda-feira, a cidade de Uberlândia foi palco do ato contra as demissões, parte das atividades do dia 30 de março. Estavam presentes a Conlutas, o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), alguns sindicatos filiados à CUT, alguns vereadores, os partidos PSTU e PSOL. A manifestação teve a presença de mais de 60 pessoas, com destaque para os professores estaduais.

Representando o PSTU, o professor Gilber falou que “essa crise é uma crise capitalista e nós não podemos pagar por ela”. Ele denunciou as demissões da Embraer e a postura do governo Lula: “a organização e as lutas dos trabalhadores contra as demissões e retirada de direitos é parte de uma luta maior contra o capitalismo, que promove e promoverá crises, e é parte da luta pelo socialismo que a classe trabalhadora da cidade e do campo, junto com a juventude, deve fazer. O PSTU chama todos para dar essa batalha. Só a luta muda a vida”.

Em nome da Conlutas, falou Betânia, da oposição do Sindute e coordenadora da Conlutas na cidade. “A Conlutas chamou, chama e vai continuar chamando todos os sindicatos, movimentos sociais e todas as centrais para juntos exigirmos do governo Lula uma medida provisória dê estabilidade no emprego e que proíba as demissões, e que o governo penalize as empresa que demitirem”, disse.

Betânia também falou da unidade para lutar contra as demissões, que para ela é uma necessidade da classe trabalhadora. Ela criticou a Central dos Trabalhadores do Brasil, ligada ao PCdoB, por romper com o ato unitário. “A CTB de Uberlândia errou ao romper essa unidade, mas nós vamos continuar chamando os companheiros, pois são sindicatos importantes, como de metalúrgicos, que estão sofrendo demissões”, afirmou.

Infelizmente, vários sindicatos da CUT, como da alimentação, o Stiau, o MST, o MTST não compareceram e nem participaram da organização. Não houve passeata por causa do mau tempo, mas os ativistas saíram animados.