Os trabalhadores em educação do estado de Pernambuco estão em greve. Uma pauta de reivindicações contendo vinte e quatro itens foi aprovada pela categoria. Questões educacionais e financeiras estão entre eles.

Os educadores pedem reajuste de 19,2% referente ao piso salarial nacional que deveria ser pago em janeiro e foi entregue somente no mês de março ao governo do Estado. Em diversas reuniões com a comissão de negociação, o governo sequer apresentou alguma proposta, usando a crise econômica mundial como justificativa.

O secretário de Administração, Paulo Câmara, afirmou que o governo só poderá discutir as questões financeiras da pauta após o segundo quadrimestre. Sem outra saída, já que os outros itens da pauta também não foram atendidos, os trabalhadores decidiram, em assembleia no dia 6 de julho, paralisar as atividades.

Desde então, as mais absurdas formas de repressão têm sido lançadas pelo governo de Eduardo Campos (PSB) contra os trabalhadores grevistas. A polícia de choque é utilizada para impedir que estes entrem nas escolas para conversar com os colegas.

O governo já anunciou que descontará da categoria os dias parados. Os grevistas estão sendo substituídos por professores contratados de forma irregular, e as faixas “Estamos em greve” são retiradas com truculência pelas direções das escolas. A grande imprensa, como não podia deixar de ser, mente e noticia números desfavoráveis ao movimento.

Agora, resistindo, a categoria aguarda a reabertura do canal de negociação fechado pelo governo na última reunião dia 3 de julho.