Plenária Nacional da Educação será realizada dia 26 de março e reunirá estudantes e entidades de todo paísNo dia 26 de março, ocorre a Plenária Nacional Contra a Reforma Universitária e em Defesa da Educação Pública. A Plenária foi convocada pela Frente de Luta contra a Reforma Universitária, da qual fazem parte representações como a Conlute, além de inúmeros DAs, CAs e DCEs. Também convocam o evento o Andes-SN, o Sinasefe e o movimento de oposição “Vamos à Luta“ da Fasubra. Assim como o Encontro Nacional, a Plenária reunirá amplos setores que estão dispostos a organizar a luta contra a reforma Universitária de Lula/FMI.
A idéia de formar uma Frente de Luta Contra a Reforma Universitária surgiu em uma reunião com mais de 70 estudantes de todo o país no dia 21 de dezembro de 2006. Uma nova reunião no dia 1º de fevereiro aprovou a participação no Encontro Nacional e a realização da Plenária Nacional deste dia 26.
A concretização desta Frente, unificando entidades de todo o país em defesa da educação pública e das bandeiras históricas do movimento estudantil, é de grande importância neste momento.
É tarefa desta Frente e desta Plenária multiplicar os comitês de base contra a reforma Universitária por todo o país. A organização dessa luta é urgente, tendo em vista que a reforma já começou a ser implementada através de medidas provisórias e decretos. Além disso, em julho de 2006, o governo Lula apresentou no Congresso o Projeto de Lei 7.200/06, que reafirma o conteúdo das MPs e aprofunda a concepção mercadológica do ensino, dando total liberdade para os empresários da educação e restringindo a autonomia das universidades públicas. Entre outras coisas, o projeto prevê a legalização da entrada de até 30% de capital estrangeiro nas faculdades particulares. Já nas públicas, o PL inaugura a criação de cursos de curta duração, ciclos básicos multidisciplinares e mantém a famigerada lista tríplice.
Diante de ataques desta magnitude, não é difícil compreender o motivo de tantas entidades e organizações diversas, desde aquelas que estão na Conlute até as que permanecem na UNE, estarem reunidas em uma frente para defender a educação pública. A construção desta frente já é uma vitória, cuja continuidade deve se dar na Plenária do dia 26 e nas mobilizações nas ruas.
Avançar na luta contra a reforma
A Plenária da Educação terá como grande tarefa aprovar um calendário de mobilizações para barrar a reforma Universitária. Haverá uma mesa de abertura em que as entidades que convocam o evento falarão. Depois disso, serão instalados grupos de discussão. Uma plenária de encerramento dará os encaminhamentos ao final.
Algumas das propostas que serão levadas à Plenária são a realização de atos nos estados e de um dia nacional de ocupação de reitorias, uma Marcha contra as reformas em Brasília e um Encontro contra a reforma Universitária no segundo semestre.
Além de realizarem esta Plenária da Educação, as entidades que a convocam também devem participar do Encontro Nacional. As entidades e a Conlute entendem que a unidade entre estudantes e trabalhadores é essencial tanto para defender a universidade pública quanto para defender os direitos dos trabalhadores e transformar a sociedade.
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