Os servidores públicos do município de Maringá (PR) estão em greve desde o dia 5 de junho. Entre os motivos de manter a paralisação estão a truculência e a arrogância do prefeito, Sílvio Barros (PP), que não cede espaço ao diálogo, nem apresenta em mesa de negociação uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores. Os servidores reivindicam 16,67% de reajuste, pagamento imediato da progressão, implementação imediata do Plano de Cargos, Carreira e Salário e pelo fim das perseguições aos funcionários públicos que lutam pelos seus direitos.

Os movimentos sociais, as organizações não-governamentais e a Igreja Católica, através do bispo Dom Anuar, têm manifestado solidariedade e apoio ao movimento, entendendo ser um espaço democrático de diálogo e um direito legítimo dos trabalhadores.

Em vez de negociação e diálogo, o prefeito responde com ações judiciais, inclusive requerendo a força de repressão do Estado contra os grevistas, e ameaça descontar os dias parados. A isso se soma a contratação da milícia armada Kamillus Segurança para perseguir e atentar contra a integridade física dos servidores, em escancarado desrespeito aos direitos humanos.

No dia 28 de junho, os funcionários públicos foram ao paço municipal para realizar uma manifestação pacífica. Quando chegaram lá, seguranças armados iniciaram uma repressão sem precedentes na história de Maringá. E, o pior, os funcionários foram acusados indevidamente por atentado ao patrimônio público, enquanto filmagens do sindicato e da imprensa atestam os absurdos proferidos contra os servidores.

Diante disso, os servidores decidiram em assembléia continuar no paço municipal junto com os representantes dos movimentos sociais, organizações não-governamentais e sindicais e a Igreja Católica, até que fosse garantida a tranqüilidade no local.

Logo após a saída dessas entidades que apoiavam os funcionários públicos, a tropa de choque da Polícia Militar do governador Roberto Requião (PMDB) cercou a prefeitura com mais de 100 policiais e cachorros, que iniciaram uma verdadeira sessão de horror contra os servidores.

O advogado do SISMMAR, Avanílson Araújo, a presidente do sindicato, os diretores e mais de 40 servidores foram presos. Os servidores sofreram agressões de toda ordem.

Pedimos a todas as organizações, entidades e movimentos sociais o apoio político e financeiro à luta dos servidores de Maringá e a manifestação em repúdio a esses ataques.

Por fim, solicitamos às entidades que enviem sua solidariedade pelo e-mail: [email protected]

Ou entrem em contato com o sindicato pelo telefone: (44) 3269 1782

Blog: www.sismmar.blogspot.com