Na verdade, ser realista hoje é romper com o FMI, com o pagamento das dívidas externa e interna para enfrentar os gravíssimos problemas sociais do país. Sem isso, não existe nenhuma possibilidade de resolver problemas como o desemprego, a questão agrária, a educação ou a saúde.

Com o dinheiro de dois anos de pagamento dos juros e amortizações das dívidas interna e externa (142 bilhões de reais em cada ano), seria possível fazer um plano de obras públicas para resolver o déficit habitacional de 10 milhões de casas do país e acabar com o problema do desemprego, assentar 4,5 milhões de famílias sem terras, duplicar o orçamento da educação e saúde.

Sem romper com o FMI e com o pagamento das dívidas, todos os planos sociais são uma farsa.

Na verdade, a ruptura abre uma possibilidade de evitar o caos inevitável, caso continuemos com a atual política econômica. E abre a possibilidade de enfrentarmos os gigantescos problemas sociais que afligem o país.


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