Segundo o DIEESE o desemprego chegou em março a 19,9% na Grande São Paulo, ou seja, 1 milhão e 836 mil pessoas estão sem trabalho. Somente nos últimos 30 dias o desemprego cresceu 4,2% na região. A evolução do salário real na Grande São Paulo mostra uma queda de 18,8% entre 1989 e o final dos anos 90. Neste período o salário encolheu e a qualidade de empregos gerados pelo setor produtivo piorou. O motivo da queda salarial foi o crescimento do desemprego. Aqueles que estão empregados não têm melhor sorte. Um em cada cinco brasileiros recebe no máximo até um salário mínimo, ou seja, 200 reais por mês.

Denunciamos a flexibilização da jornada de trabalho e o banco de horas, vendidos pelo governo e a Força Sindical como medidas que contribuiriam para gerar mais empregos. Denunciamos a reforma trabalhista de FHC, que também conta com o apoio da Força Sindical, que quer pôr fim às conquistas históricas da classe trabalhadora.

Para atacar o problema do desemprego é preciso reduzir a jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução dos salários. Essa medida poderia gerar mais de 4 milhões de novos postos. Defendemos o aumento real dos salários e o seu reajuste de acordo com a inflação, bem como conquistas históricas como o 13º salário, licença maternidade, férias remuneradas, etc.