Polo Socialista Revolucionário

Roberto Jefferson reagiu com cinquenta tiros de fuzil e duas granadas contra a Polícia Federal, que cumpria um mandado de prisão do Supremo Tribunal Federal contra ele. Esse episódio demonstra o que significa o bolsonarismo: a ultradireita armada que não está aí para defender nada mais que seus próprios interesses. E o machismo grosseiro que ataca juíza por ser mulher como “prostituta arrombada”. 

Bolsonaro mandou o Ministro da Justiça para assegurar uma atitude amistosa da PF com Jefferson. O trato cordial dos policiais com esse bandido contrasta com os assassinatos brutais da juventude negra nos bairros populares pela polícia, defendida por Bolsonaro. O governo agora tenta se afastar da imagem de Jefferson pelos prejuízos eleitorais que isso pode causar. Mas, se Bolsonaro for reeleito, ele vai proteger Roberto Jefferson, como protegeu outros bandidos milicianos como Adriano da Nóbrega e os assassinos de Marielle Franco.

O PT critica Bolsonaro por sua relação com Jefferson. Mas não chama a mobilizações e a organização da autodefesa. Não se pode combater a ultradireita armada só com a institucionalidade, essa democracia dos ricos, que é uma ditadura para os pobres. A própria atitude cordial da PF com Jefferson é uma demonstração disso. Da mesma forma, não se pode excluir que Bolsonaro não aceite uma derrota eleitoral e faça alguma aventura golpista como Trump no capitólio no próximo domingo. 

Propomos um dia nacional de mobilização contra a ultradireita, contra o autoritarismo, pelo confisco dos bens e apreensão das armas e munições de Roberto Jefferson, contra a fome e o arrocho e pela revogação de todas as reformas e dos cortes na educação, organizando comitês de autodefesa por parte dos sindicatos e entidades do movimento popular e estudantil.

Polo Socialista e Revolucionário