As eleições para a nova diretoria da entidade terão proporcionalidade. Isso é fruto do último congresso da categoria que aprovou o critério, além de uma série de medidas para democratizar o funcionamento do Sindicato, dirigido pela Articulação Sindical.
A Oposição Alternativa é formada por várias correntes da esquerda do PT, ativistas independentes e militantes do PSTU.
Na Convenção houve debate e disputa entre os setores da oposição para definir a cabeça de chapa. Por 207 votos a 190, o professor Edgar Fernandes, apoiado pelo Movimento por uma Tendência Socialista e grupos de regionais, como os dos professores das regionais Sudeste, Franco da Rocha e Guarulhos venceu a disputa contra o professor Sílvio do grupo Opção Socialista, que na última eleição da Apeoesp tinha encabeçado a chapa de oposição.
Mas essa disputa foi expressão da democracia e do respeito à diversidade no debate político que prevalece na Oposição Alternativa, tanto que a Convenção terminou em uma festa geral com uma unidade ainda mais forte para enfrentar as eleições.
O programa da chapa, aprovado em um Encontro anterior, incluiu, entre outros eixos, o Fora FHC e o FMI e a defesa da construção de uma Frente dos Trabalhadores com um programa anticapitalista para as próximas eleições. A convenção votou uma moção pela retirada das tropas de Israel da Palestina, o apoio à greve dos professores do Rio de Janeiro e a construção em cada escola da campanha contra a Alca.
Agora é colocar a campanha na rua, junto com a campanha salarial, o que já está acontecendo, pois a atuação da Oposição foi decisiva para que os professores derrotassem a Articulação Sindical na assembléia do dia 19. Também vai começar a agitação nas escolas e a organização das eleições. São 180 mil professores no Estado, sendo 135 mil sócios da Apeoesp em 97 subsedes.
A Oposição Alternativa necessita de apoio financeiro, militante e político, afinal ela entrou nessa disputa para ganhar.