Na última sexta-feira, dia 2 de abril, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, por meio de seu presidente, Adilson dos Santos, o Índio, e a Conlutas, através do membro da secretaria executiva nacional Luiz Carlos Prates, o Mancha, estiveram reunidos com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. Eles pediram à entidade um parecer sobre a atual situação acionária da Embraer.

A empresa tem hoje cerca de 70% de suas ações controladas por capital estrangeiro. O sindicato e a Conlutas apresentaram documentos que comprovam que essa situação desrespeita o próprio estatuto da empresa e o edital de sua privatização, realizada em 1994. A Embraer foi vendida por US$ 110 milhões, metade de seu valor de face, pagos em “moedas podres”.

A OAB disse que irá analisar nos próximos dias a situação e emitir um parecer jurídico. A partir desse estudo, será feita uma medida judicial questionando a situação acionária da empresa, o que seria mais um ponto de apoio para a campanha pela reestatização.

“Temos a convicção de que o parecer técnico da OAB não deixará dúvidas sobre a ilegalidade da atual composição acionária da Embraer. E, diante dessa constatação, o governo federal não poderá mais fechar os olhos para esse escândalo nacional. A Embraer é patrimônio do povo brasileiro e está sendo sugada por grupos internacionais. Exigimos de Lula a imediata reestatização da empresa e que sejam os trabalhadores que controlem a sua produção”, disse o presidente Índio.

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