Apesar do fortalecimento do movimento estudantil e das conquistas, há quem diga que o movimento estudantil saiu derrotado.

Utilizando-se de calúnias e mentiras, o PCO disse que as conquistas não “passam de migalhas” e a desocupação foi uma “traição da própria assembléia”. Este partido tratou a ocupação sempre como um fim em si mesmo, tentando separá-la da greve. Outro setor, a LER-qi, apesar de defender a desocupação, classificou-a como uma atitude defensiva, no marco de uma derrota do movimento. Essas correntes elaboram a política com base em um único critério, sua autoconstrução. Por isso defenderam táticas aparentemente ultra-esquerdistas, que na prática facilitavam a vida da reitoria e do governo.

Esse tipo de análise tem conseqüências, pois ignora o fortalecimento, a capacidade e a disposição com que sai o movimento para continuar lutando contra a privatização da educação. Significa na prática não propor ao movimento lutar em outro patamar no próximo período, tarefa necessária e que o movimento estudantil demonstrou ser capaz de cumprir.

Além disso, a esmagadora maioria da assembléia geral dos estudantes e as reuniões de cada curso consideraram a ocupação e a greve vitoriosas. Isso comprova a vitória do movimento.

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