Mais de 1.200 metroviários lotaram a assembleia realizada nesta quinta-feira (26) e aprovaram, por unanimidade, greve geral da categoria a partir do dia 1° de junho.

De acordo com a determinação do governador Alckmin, o Metrô insistiu na proposta de 6,39% de reajuste, conforme INPC/FIPE, não atendendo as principais necessidades dos metroviários apresentadas na pauta de reivindicações.

A categoria, além das reivindicações específicas da Campanha Salarial, também está mobilizada contra a atual política do governo que impõe medidas que precarizam os serviços prestados à população, como a superlotação, aumento nas tarifas, a terceirização, as parceiras público privadas entre outros ataques.

Segundo o diretor de relações intersindicais, Alexandre Leme, a adesão dos metroviários ao movimento grevista só comprova a insatisfação da categoria. “Desde a década de 90 não víamos essa participação massiva nas assembléias. A base, a cada dia, está aderindo às atividades promovidas pelo Sindicato, além disso, a grande maioria dos funcionários está utilizando os coletes ‘Chega de Sufoco´”, ressalta.

Leme informa ainda que, para se ter uma idéia, o Sindicato encomendou cerca de 4 mil coletes para os funcionários do setor operativo, porém o pessoal da manutenção e administração também pediram para usá-lo. “Tivemos que encomendar mais 2 mil para atender a demanda”, informa.

Haverá assembleia de preparação na terça-feira (31), dia anterior à greve, às 18h30, no Sindicato.

Chega de sufoco! Os metroviários exigem reconhecimento e valorização!

Por um transporte estatal e de qualidade!

A greve é por:

  • Reajuste de 10,79%, conforme IGPM, para reposição da inflação;
  • Produtividade de 13,80%, conforme ICV-Dieese;
  • Reajuste de 13,90% para o VR;
  • Aumento do valor da cesta básica e do VA para R$ 311,09;
  • Equiparação salarial e Plano de Carreira;
  • PPP para aposentadoria e plano de saúde para os aposentados;
  • Não à privatização das L4 e L5;
  • PR igualitária;
  • Licença maternidade de seis meses;
  • Anistia aos demitidos.

    Reivindicações gerais

  • Ampliação da rede de metrô estatal;
  • Subsídio do Estado para diminuição do valor da tarifa;
  • Recomposição do quadro de funcionários;
  • Melhoria nas condições de trabalho dos metroviários;
  • Reconhecimento, com reposição salarial dos metroviários;
  • Pela não privatização da Linha 5 – Lilás e contra a privatização da Linha 4 – Amarela

    Com informações do site do Sindicato dos Metroviários de São Paulo