LIT-QI

Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional

Há um mês detiveram e prenderam nosso companheiro e dirigente Daniel Ruiz, quando voltava de uma atividade de apoio aos trabalhadores do Estaleiro Rio Santiago.

PSTU-Argentina

O juiz Torres o colocou na prisão por participar das manifestações contra a reforma da Previdência, um roubo aos aposentados, em 18 de dezembro.

Daniel veio de Comodoro Rivadavia, dos poços de petróleo e das lutas dos trabalhadores para fazer parte dessa luta, junto com todos os trabalhadores, que resistiram horas e horas à repressão da polícia e da Guarda Nacional, nas mãos da Ministra Bullrich, assassina de Rafael Nahuel e Santiago Maldonado.

Daniel é um preso político
A prisão de Daniel tenta ser uma punição exemplar para todos nós que lutamos contra o ajuste e a repressão do governo.

Eles querem nos assustar, para que não lutemos.

Essa é a mesma razão pela qual eles perseguem nosso companheiro Sebastián Romero e processam Cesar Arakaki e Dimas Ponce.

Por isso estão presos Jones Huala e Milagro Sala, junto com outros companheiros Tupac Amaru, e tentam processar Oscar De Isasi, dirigente da Associação dos trabalhadores do Estado (ATE), pela luta dos Estaleiros.

E é por isso que eles ameaçam por telefone a María del Carmen Verdu, da Coordenadora Contra a Repressão Policial e Institucional (CORREPI), e Miriam Bregman, do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS).

Daniel Ruiz é preso político do juiz Torres, de Mauricio Macri, da ministra Bullrich, do FMI e do G20.

É por isso que temos que defender nossos prisioneiros, confrontando o presidente e os juízes na rua, com mobilização, greves e um plano de luta, até que caiam todos.

Juiz Torres deve renunciar
O juiz Torres processou Daniel com prisão preventiva sem nenhum argumento legal sério. A única razão que ele menciona para negar-lhe a liberdade é a relação política entre Sebastián Romero e Daniel Ruiz, por militar na mesma organização. Portanto, a decisão do juiz Torres é também um ataque aos direitos mais básicos de organização e atividade política.

O juiz Torres é um carrasco do governo e o plano de ajuste, por isso é incapaz de fazer justiça e deve renunciar.

Torres, Emiliano Blanco, Mauricio Macri e Bullrich
Denunciamos e responsabilizamos o juiz Torres,  Emiliano Blanco, Diretor do Serviço Penitenciário Federal, o presidente Mauricio Macri e a ministra de Segurança Patricia Bullrich, dos abusos sofridos por Daniel, e de qualquer coisa que possa lhe acontecer na Penitenciária Marcos Paz.

Demoraram em autorizar as visitas, funcionários penitenciários tomaram seus jornais e materiais de estudo. E em cada transferência para Comodoro Py, eles o assediaram psicologicamente.

O apoio para Daniel Ruiz continua crescendo
Daniel está recebendo solidariedade internacional e nacional de centenas de organizações e personalidades políticas, sociais, sindicais e de direitos humanos.

Reuniões e eventos estão sendo realizados em todo o país e no mundo, para exigir a imediata liberdade de Daniel Ruiz.

Seus irmãos e amigos se organizaram em uma comissão, para sair na rua para panfletar, para fazer pichações, e um ato que será realizado na próxima sexta-feira 12 em Comodoro Rivadavia.

Por razões de espaço não podemos mencionar a todos, mas gostaríamos de agradecer especialmente ao CADEP (Coordenadora Antirrepressão pelos Direitos do Povo), que assumiu a defesa de Daniel e Sebastian, junto com o PSTU.

À CSP-Conlutas do Brasil, que enviou um companheiro para visitar Daniel na prisão. À Rede Sindical Internacional e dezenas de organizações sindicais que expressaram seu apoio.

Agradecemos também a Nora Cortiñas, a Liga Argentina pelos Direitos Humanos, que está promovendo um Amicus Curiae (esclarecimentos sobre o processo) em apoio a Daniel. Ao Encontro Memória, Verdade e Justiça, e em particular à Associação dos ex-Presos Desaparecidos.

Da mesma forma a todos os dirigentes sindicais e políticos, como Daniel Catalano da ATE Capital, que subiu ao palco na Plaza de Mayo em 24 de setembro, com um cartaz exigindo a liberdade de Daniel Ruiz.

Façamos uma grande campanha pela liberdade dos presos por lutar
Chamamos a todas essas organizações e figuras para implementar uma grande campanha nacional para todos os presos por lutar.

Pela liberdade de Milagro Sala, Daniel Ruiz, Facundo Jones Huala e o fim da perseguição de Sebastián Romero, Arakaki, Ponce e todos os lutadores.

Sabemos que existem diferenças sobre quem consideramos presos políticos.

Nós não consideramos como presos políticos aqueles funcionários que estão detidos em casos de corrupção.

Mas neste momento é fundamental a unidade na luta contra os ataques do governo, por isso nos propomos fazer uma campanha pelo que estamos de acordo.

Milagro Sala está presa por manifestar-se, Jones Huala é um claro preso político, como Daniel Ruiz e os companheiros petroleiros de Las Heras, que estão condenados à prisão perpétua. Com base nesse acordo fundamental, propomos a todas as organizações políticas, sociais, sindicais e de direitos humanos uma grande campanha política pela liberdade dos prisioneiros de lutar, e o fim da perseguição de lutadores como Cesar Arakaki, Dimas Ponce e Sebastián Romero.

Tradução: Lena Souza