Desde 1997, o vice-presidente do Brasil, José Alencar, já realizou oito cirurgias para a retirada de tumores. O câncer no estômago, detectado em 2006, foi responsável pelas últimas seis cirurgias. Na lista de tratamentos do vice-presidente, estão as cirurgias de Angioplastia (cirurgia para desobstrução de vasos no coração), cirurgias para retirada de tumores na próstata, rim, estômago e abdômen. Os inúmeros tratamentos realizados pelo vice-presidente na luta contra o câncer mostram que, no Brasil, quem tem dinheiro pode tudo.

Enquanto a população comum, que diariamente depende do Sistema Único de Saúde (SUS), precisa esperar cerca de quatro meses para conseguir uma cirurgia para retirada de tumor, o vice-presidente viaja ao exterior para se tratar numa das principais universidades do mundo. José Alencar faz um tratamento experimental em Houston, Estados Unidos. No Brasil, toda vez que necessita de tratamento médico, o vice-presidente procura o Hospital Sírio Libanês, hospital privado que presta atendimento particular e para os planos de saúde de luxo do país.

Em entrevista à Federação das Misericórdias do Estado do Rio de Janeiro, José Alencar revelou que gasta R$ 4 mil por mês com tratamentos de saúde. Enquanto isso, milhares de pessoas morrem todos os anos no Brasil à espera de tratamento. Há um ano, o jornal Folha de São Paulo divulgou que 54 mil pessoas esperavam por radioterapia no estado de São Paulo. Dados do Ministério da Saúde mostram que a quantidade de Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia e de Centros de Alta Complexidade em Oncologia, que são especializados no tratamento de câncer no Brasil, só atendem a pouco mais que 50% da demanda.

Isso tudo mostra que, no Brasil, a população pobre que não tem R$ 4 mil para gastar com saúde por mês está a mercê de uma política pública de saúde irresponsável, que não dá conta de fornecer uma saúde de qualidade mínima à população brasileira. Exemplos como o de José Alencar só fazem a população brasileira pensar que, se fosse um brasileiro comum, estaria penando em filas à espera de atendimento ou não teria resistido a tanto descaso.

O caos na saúde pública no Brasil é uma realidade. O exemplo de José Alencar é uma pequena demonstração de que o governo Lula traiu a classe trabalhadora. Enquanto os ricos seguem tendo atendimento de qualidade, os trabalhadores são jogados ao descaso no sistema público de saúde.

Gripe suína
A gripe suína mostrou o quão despreparado é o sistema de saúde brasileiro e como as áreas sociais são tratadas de forma não prioritária. O fato de o governo Lula não quebrar a patente do Tamiflu mostra como esse governo não está preocupado com a saúde da população que não tem condições de comprar o medicamento. O descaso nos postos de saúde e hospitais, as filas de espera, a falta de médicos e de medicamentos são as respostas que o governo Lula deu para a saúde dos trabalhadores no Brasil. É preciso organizar a luta contra esse descaso.

A quebra da patente do Tamiflu e sua distribuição gratuita é extremamente importante, pois só assim a população pobre terá acesso a esse medicamento para enfrentar da gripe suína. Enquanto milhões são destinados às empresas e aos ricos, os trabalhadores pagam o preço da crise. Os cortes de verbas das áreas sociais (saúde, educação, segurança) só aumentaram as desigualdades. Jose Alencar: O retrato da saúde no Brasil

Henrique Saldanha, de Salvador (BA)*

Desde 1997, o vice-presidente do Brasil, José Alencar, já realizou oito cirurgias para a retirada de tumores. O câncer no estômago, detectado em 2006, foi responsável pelas últimas seis cirurgias. Na lista de tratamentos do vice-presidente, estão as cirurgias de Angioplastia (cirurgia para desobstrução de vasos no coração), cirurgias para retirada de tumores na próstata, rim, estômago e abdômen. Os inúmeros tratamentos realizados pelo vice-presidente na luta contra o câncer mostram que, no Brasil, quem tem dinheiro pode tudo.

Enquanto a população comum, que diariamente depende do Sistema Único de Saúde (SUS), precisa esperar cerca de quatro meses para conseguir uma cirurgia para retirada de tumor, o vice-presidente viaja ao exterior para se tratar numa das principais universidades do mundo. José Alencar faz um tratamento experimental em Houston, Estados Unidos. No Brasil, toda vez que necessita de tratamento médico, o vice-presidente procura o Hospital Sírio Libanês, hospital privado que presta atendimento particular e para os planos de saúde de luxo do país.

Em entrevista à Federação das Misericórdias do Estado do Rio de Janeiro, José Alencar revelou que gasta R$ 4 mil por mês com tratamentos de saúde. Enquanto isso, milhares de pessoas morrem todos os anos no Brasil à espera de tratamento. Há um ano, o jornal Folha de São Paulo divulgou que 54 mil pessoas esperavam por radioterapia no estado de São Paulo. Dados do Ministério da Saúde mostram que a quantidade de Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia e de Centros de Alta Complexidade em Oncologia, que são especializados no tratamento de câncer no Brasil, só atendem a pouco mais que 50% da demanda.

Isso tudo mostra que, no Brasil, a população pobre que não tem R$ 4 mil para gastar com saúde por mês está a mercê de uma política pública de saúde irresponsável, que não dá conta de fornecer uma saúde de qualidade mínima à população brasileira. Exemplos como o de José Alencar só fazem a população brasileira pensar que, se fosse um brasileiro comum, estaria penando em filas à espera de atendimento ou não teria resistido a tanto descaso.

O caos na saúde pública no Brasil é uma realidade. O exemplo de José Alencar é uma pequena demonstração de que o governo Lula traiu a classe trabalhadora. Enquanto os ricos seguem tendo atendimento de qualidade, os trabalhadores são jogados ao descaso no sistema público de saúde.

Gripe suína
A gripe suína mostrou o quão despreparado é o sistema de saúde brasileiro e como as áreas sociais são tratadas de forma não prioritária. O fato de o governo Lula não quebrar a patente do Tamiflu mostra como esse governo não está preocupado com a saúde da população que não tem condições de comprar o medicamento. O descaso nos postos de saúde e hospitais, as filas de espera, a falta de médicos e de medicamentos são as respostas que o governo Lula deu para a saúde dos trabalhadores no Brasil. É preciso organizar a luta contra esse descaso.

A quebra da patente do Tamiflu e sua distribuição gratuita é extremamente importante, pois só assim a população pobre terá acesso a esse medicamento para enfrentar da gripe suína. Enquanto milhões são destinados às empresas e aos ricos, os trabalhadores pagam o preço da crise. Os cortes de verbas das áreas sociais (saúde, educação, segurança) só aumentaram as desigualdades. O governo Lula deve investir na saúde no mínimo 10% da arrecadação do país. Só assim conseguiremos ter um sistema de saúde que esteja de acordo com as necessidades dos trabalhadores.

*Colaborou Ana Paula Medeiros