Manifestação foi contra a renovação da missão militar de ocupação do país, que vai ocorrer no próximo dia 15. Confira nota da organização sindical – popular Batalha Operária.Como tínhamos anunciado, junto com as organizações aliadas tivemos, no dia primeiro de outubro, outro protesto em frente à embaixada do Brasil para gritar nosso mais profundo repúdio à ocupação militar e contra a tutela que estão propiciando as forças armadas em nosso território. “Abaixo a Minustah! Abaixo a ocupação! Abaixo todos os lacaios que apoiam a ocupação!”, essas foram alguma das principais consignas que levamos frente à embaixada.
Pouco antes, no dia 29 de setembro, foi realizada uma mobilização em frente ao Ministério de Assuntos Trabalhistas para denunciar o fato de que o salário mínimo não só não é respeitado nas fábricas têxteis, como também não se tinha reajustado o mesmo. Segundo a lei do país, os salários já deviam ter sido reajustados. Levamos as reivindicações dos trabalhadores demitidos nas empresas públicas e as dos estudantes de escola secundária que desde o terremoto estão totalmente abandonados pelas “autoridades” locais.
Na manifestação de primeiro de outubro, além de denunciar outra vez a ocupação, protestamos também contra um assassinato de um empregado da própria Minustah no acampamento Nepalés de Cap-Haïten e também pelo fato de que Mulet, chefe político da ocupação, se introduziu no processo de investigação, tratando de impedir a audiência de uma empregada haitiana que estava dentro daquela base quando houve o assassinato.
A mobilização do primeiro de outubro é parte do conjunto que lançamos (28 de abril a 15 de outubro) para impedir o renovo da assinatura da missão ONU em Haiti que está marcada para o próximo dia 15.
Ao finalizar a mobilização, um civil armado se aproximou e disse que era da missão da ONU e tentou acabar com o protesto. Apesar de nossos veementes protestos, o sujeito sacou uma arma ameaçando atirar. A multidão, totalmente enojada, cercou o sujeito quebrou o vidro do automóvel que ocupava. A polícia teve então que o levar preso.
No dia 1° de outubro, em Nova York, a Rede de Solidariedade com Batay Ouvriye organizou também um protesto em frente ao consulado brasileiro. Também em Cap-Haïtien uma mobilização percorreu outra vez as ruas desta cidade clamando nosso repudio contra a presença dos invasores.
É preciso que os progressistas, intelectuais conscientes e consequentes se juntem a nós, na rua, para somar forças nesta luta que, como sempre dizemos, acaba de começar!