Coluna do PSTU no ato do Rio de Janeiro
Moisés Muniz

Ao todo, foram cerca de trinta mil manifestantes em todo o Brasil, nos principais atos de protesto contra a visita de George W. Bush. São Paulo, maior cidade do país e local onde Bush foi recebido por Lula, teve o maior ato, com mais de 10 mil pessoas, que enfrentaram uma dura repressão. Em pelo menos outros 17 estados, porém, segundo a imprensa nacional, houve atos de repúdio.

No Rio de Janeiro, o Consulado dos Estados Unidos ficou manchado pela tinta vermelha jogada pelos quase mil manifestantes. Em Belo Horizonte, 500 pessoas se mobilizaram, transformando o ato de mulheres num protesto antiimperialista.

Em Porto Alegre, formou-se um Bloco de Esquerda entre PSTU, PSOL, Conlutas, Conlute e diversas entidades combativas dos movimentos estudantil e sindical. O Bloco reuniu cerca de 600 pessoas. Saindo da Praça Argentina, no centro da cidade, os ativistas caminharam até a Esquina Democrática, tradicional ponto de protesto, onde duas bandeiras dos Estados Unidos foram queimadas.

O Nordeste foi destaque nas mobilizações. Ao todo, foram cerca de 12.000 manifestantes nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Na Bahia, houve uma marcha com 3.500 pessoas, que queimaram bonecos e gritaram “fora Bush”. Em Alagoas, os servidores em greve, junto com a Via Campesina e sindicatos, colocaram em movimento 2.000 pessoas. O pequeno estado de Sergipe, com uma população de menos de dois milhões de habitantes, levou às ruas 1.500 contra Bush. Na Paraíba, aproximadamente 2.000 pessoas tomaram as ruas de João Pessoa.

Em Fortaleza (CE), à noite, houve uma grande passeata impulsionada pelos operários da construção civil de Fortaleza que estão em campanha salarial. Os ativistas andaram por um dos bairros nobres da cidade até a Praça da Imprensa, gritando palavras-de-ordem pelo Dia Internacional da Mulher trabalhadora e em protesto contra Bush.

Na região Norte, também houve mobilização em Manaus (AM) e