Didi foi homenageado pelo sua história de vida ligada à defesa das causas sociais e do movimento operário brasileiro | Foto: Sérgio Koey
Redação

O Galpão do Armazém do Campo do MST, em São Paulo, foi palco da homenagem a seis personalidades com histórico de vida ligado à defesa das causas sociais e do movimento operário brasileiro, ontem (9/7), Dia da Luta Operária. Entre eles, Dirceu Travesso, o ‘Didi’, militante do PSTU, que que faleceu no dia 16 de setembro de 2014, vítima de um câncer. Um camarada socialista, revolucionário e internacionalista extraordinário (saiba mais sobre a vida de Didi aqui).

Além de Didi, receberam a homenagem: Ana dias, João Felício, José Ibrahim, Oswaldo Barros e Sérgio Gomes. Foram entregues placas em agradecimento pela dedicação à luta dos trabalhadores e ao fortalecimento do movimento sindical.

A militância do PSTU esteve presente no evento, uniformizados com uma camisa em homenagem ao Didi. A companheira de Didi, Marta Carvalho, e os filhos Pedro e Karol Travesso também participaram da homenagem.

“Queremos agradecer a homenagem ao meu pai e aos demais, este momento para destacar e celebrar a vida destes companheiros e suas contribuições. Contribuições que foram feitas como pai, como marido, como amigo e como militante sindical. Meu pai teve uma vida dedicado à luta dos trabalhadores. Uma luta que começou contra a ditadura militar, quando ele ainda era jovem e estava na faculdade. Durante toda a sua vida ele ajudou a construir o PSTU, a Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI), a CSP-Conlutas e a Rede de Solidariedade Internacional. Ele um sindicalista, socialista e revolucionário. Um corintiano roxo, um traço definidor de sua personalidade. As lutas que ele lutou, as ideias que ele defendeu, eram coletivas. Não cabem na vida de uma pessoa só, no tempo de vida de uma pessoa só. A luta dele continua viva”, afirmou Pedro Travesso em seu discurso.

Carlos Prates, o ‘Mancha’, militante do PSTU, discursou em nome da CSP-Conlutas, uma das centrais organizadoras do evento.

“Didi dedicou toda a sua vida à luta da classe trabalhadora. Começou combatendo a ditadura militar, quando era um jovem estudante na Universidade Federal de São Carlos. Foi diretor do DCE, dirigiu passeatas e manifestações. Depois passou por fábricas, em seguida, foi bancário. Quando ficou doente, luta incansavelmente contra o câncer. Ele tinha muita força, muita garra, que o fez uma liderança internacional na construção da Rede de Solidariedade Internacional. Em sua morte, recebeu homenagens de diversos lugares do mundo”, ressaltou Mancha.

Dirceu Travesso durante toda a sua vida construiu o PSTU e a LIT-QI | Foto: Sérgio Koey

Troféu José Martins

O troféu homenageia o sapateiro anarco-sindicalista José Martinez que, há 106 anos, no dia 9 de julho de 1917, foi baleado e morto por soldados da antiga Força Pública na paralisação que tomou conta de várias empresas em São Paulo e que é considerada a primeira greve geral do Brasil.

A iniciativa é das centrais Intersindical Central da Classe Trabalhadora, CSP-Conlutas, CSB, CTB, CUT, UGT, Força Sindical, NCST, Pública e Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.

O Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e o IIEP (Intercâmbio Informações Estudos Pesquisas) são organizadores ativos da iniciativa.

O Dia da Luta Operária foi instituído pela lei municipal (nº 16.634/17) de autoria do então vereador Antônio Donato (PT-SP), atual deputado estadual, com intuito de manter viva a história operária.

*com informações do site da CSP-Conlutas