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Wilson Honório da Silva, da Secretaria Nacional de Formação do PSTU

Como afirmamos no resumo semanal passado, não é fácil “cavar” espaço numa campanha eleitoral onde o poder financeiro fala muito mais alto que os próprios eleitores e as reais necessidades do povo. E também por isso, nossas(os) candidatas(os), militância e apoiadores(as) estão de parabéns porque, apesar das barreiras e restrições, nossa campanha tem ecoado cada vez em mais lugares e a imprensa, até o momento, tem sido obrigada a nos acompanhar.

Esta semana, a cobertura da campanha da Vera, além de destacar suas origens e trajetória, tem como destaque, pra além das questões pontuais do programa do PSTU para a moradia, saúde, transportes, educação etc., questões como nossas diferenças com os demais setores da “esquerda” (nominalmente, o PT, o PSOL e PCdoB); a viabilidade ou não das propostas socialistas e a denúncia de episódios escabrosos como o estupro envolvendo o jogador Robinho (e sua igualmente asquerosa tentativa de justificar o ato criminoso) e o ex vice-líder de Bolsonaro, pego com a cueca recheada de dinheiro que deveria ser utilizado no combate à pandemia.

Os pontos gerais do programa, o plano de obras públicas, o funcionamento dos conselhos operários e populares e como lidar com a resistência dos poderosos foram discutidos, por exemplo, na sabatina realizada pela TV Gazeta, realizada na quarta-feira, dia 21 (https://youtu.be/F8jGcpG3vSc). E o sentido geral da campanha foi sintetizado num artigo publicado no Diário Popular IPTV, também no dia 21, que iremos retomar ao final deste passeio pelos últimos sete dias de campanha: “Venha! Vamos aquilombar São Paulo”

Mulher negra, operária, socialista e revolucionária

Na segunda, 19 de outubro, o Estadão publicou um perfil da Vera no artigo Quem é Vera Lúcia? Conheça a candidata do PSTU à Prefeitura de São Paulo (https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,quem-e-vera-lucia-candidata-pstu-prefeita-sp-eleicoes-2020,70003481254), destacando um pouco de uma trajetória que faz dela uma excelente síntese daqueles e daquelas com quem o PSTU quer construir uma alternativa socialista.

Nossa candidata nasceu em 1967, em Inajá, no sertão de Pernambuco; migrou ainda criança para Aracaju, onde começou a trabalhar com 14 anos (como garçonete, faxineira e datilógrafa); e iniciou sua militância quando, aos 19 anos, se tornou operária da indústria de calçados, chegando a exercer o cargo de diretora do sindicato da categoria, atuando na Federação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Têxtil.

Com sua garra e convicção, Vera ainda conseguiu se formar em Serviço Social pela Universidade Federal do Sergipe e, nos anos 1980, ingressou na militância política, através da Convergência Socialista, uma corrente interna do PT (expulsa em 1992) que esteve na raiz da criação do PSTU, do qual Vera é uma das fundadoras e representou como candidata tanto no Sergipe como para a presidência do país, em 2018, formando com Hertz Dias (atual candidato a prefeito em São Luís, no Maranhão) a primeira chapa 100% negra a concorrer ao governo federal.

Nossa aliança é com a classe trabalhadora. É ela quem vem em primeiro lugar

Esta mesma matéria foi republicada pelo Portal Terra e, no dia seguinte, foi a revista Carta Capital que traçou um perfil da Vera, no artigo Eleições 2020: Vera Lúcia, candidata do PSTU à Prefeitura de SP (https://www.cartacapital.com.br/politica/eleicoes-2020-vera-lucia-candidata-do-pstu-a-prefeitura-de-sp/).

No artigo, os autores mencionaram o fato de Vera fazer críticas tanto a Jair Bolsonaro, Mourão, Dória e Covas quanto a Erundina, PT, PCdoB e PSOL e, consequentemente, não ter se coligado com outros partidos e sintetizaram nosso “Manifesto Eleitoral” da seguinte forma: “Conciliação política não é uma alternativa para o partido. A aliança que almeja é com a classe trabalhadora”.

“Nem os partidos burgueses (PSDB, MDB, PSL e outros) nem os partidos conciliadores (PT, PSOL e PCdoB) defendem uma ruptura com essa ordem social capitalista e corrupta (…). São os trabalhadores que produzem todas as riquezas. Mas as riquezas e o poder estão nas mãos dos ricos e dos grandes capitalistas. A única forma de acabar com a desigualdade social e a pobreza é com o fim do capitalismo, através de uma revolução socialista na qual os trabalhadores e trabalhadoras tomem o poder e estatizem as grandes empresas sob o controle dos trabalhadores”, se lê no “Manifesto”.

A opção do PSTU de colocar as necessidades da classe trabalhadora em primeiro lugar também foi ressaltada num vídeo de 30 segundos enviado em resposta à pergunta “Qual a primeira coisa que o (a) candidato (a) irá fazer ao assumir a Prefeitura?” e publicado, pelo Portal G1, no artigo Candidatos a prefeito de SP revelam qual será a primeira medida caso assumam a Prefeitura (https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2020/noticia/2020/10/21/candidatos-a-prefeito-de-sp-revelam-qual-sera-a-primeira-medida-caso-assumam-a-prefeitura.ghtml).

Como destacado no artigo, “Vera Lúcia disse que irá ‘assinar um decreto proibindo demissões e despejos’, instituirá um ‘auxílio emergencial no valor do salário mínimo de São Paulo’ e fará ‘um plano de obras públicas que gere emprego’. Além disso, a candidata do PSTU promete também testar em massa a população para a Covid-19 e cobrar a dívida pública de empresas e bancos.”

 “Nossa tarefa é apresentar saídas para a realidade”

A resistência da “grande imprensa” em cobrir nossas candidaturas não tem a ver somente com a legislação eleitoral ou sequer o “tamanho” de nosso partido (que, pra eles, é medido apenas pelo número de parlamentares e cargos públicos). O fundamental, mesmo, é não querer dar espaço para que divulguemos nossa visão de mundo e propostas, rejeitadas exatamente porque questionam à lógica do sistema do qual são, geralmente, porta-vozes.

Por isso, não é incomum que mesmo quando são obrigados a nos ouvir, tentem nos desqualificar de alguma forma, como é o caso do título dado pelo O Globo para a entrevista feita com a Vera, na terça, dia 20: Com taxação de bilionários e calote da dívida, Vera Lúcia, d PSTU, defende em entrevista: ‘nosso programa viável’ (https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2020/com-taxacao-de-bilionarios-calote-da-divida-vera-lucia-do-pstu-defende-em-entrevista-nosso-programa-viavel-2-24701424).

E pra não deixar dúvidas sobre o que pensam, ainda acrescentaram uma observação na versão impressa: “Ela defende medidas pouco factíveis como taxar bilionários em 40% para bancar promessas como estatizar transporte e aumentar valor do auxílio”.

Como a “viabilidade” das propostas do PSTU foi questionada já na primeira pergunta, Vera, no decorrer da entrevista, fez questão de lembrar que não falamos aquilo que a classe dominante e seus aliados querem ou gostem de ouvir, e, sim, que “nossa tarefa é apresentar saídas para a realidade” e é por isso que não nos surpreendemos ao saber (como foi destacado pelo próprio repórter ao destacar a diferença com os eleitores de Boulos, do PSOL, concentrados entre os que têm ensino superior e alta renda) que a maioria dos que pretendem votar em nós é da “periferia, jovens, negros e pardos, que ganham até dois salários mínimos e não fizeram ensino médio”.

E até mesmo porque a entrevista foi publicada num link de acesso restrito aos assinantes do jornal, vale destacar algumas das propostas e falas da Vera que têm ecoado entre os setores mais explorados e oprimidos da sociedade, a começar pelo fato de que nossa disputa pelo voto, que achamos fundamental, se insere num projeto muito mais amplo de luta pelo poder na sociedade.

“Aparecemos pouco pois não temos parlamentares e a cláusula de barreira dificulta. Mas o PSTU está em tudo: nas ocupações, escolas públicas, fábricas. Militamos onde estão os trabalhadores pobres e vivemos nestes lugares (…). Não estamos falando da realidade dos outros, nosso programa não se apresenta para outra classe”, lembrou Vera.

Falando o porquê é, sim, viável estabelecer um auxílio emergencial de R$ 1.163 (o maior entre as propostas dos demais candidatos), Vera lembrou: “O auxílio emergencial deve ser acompanhado de um plano de obras públicas gerador de empregos para que as pessoas não fiquem dependentes dele. Mostrou que até a ultradireita consegue dar migalhas para a classe trabalhadora. Mas não a queremos. Somos os responsáveis pelo banquete e é isso que queremos que os trabalhadores desfrutem”.

Perguntada se “é realista esperar este nível de participação política da população em conselhos organizados?”, Vera também foi direto ao ponto: “Trabalhadores do transporte e da saúde, por exemplo, terão representantes eleitos, com mandato revogável e controle sobre a gestão da empresa. Quem conhece melhor um hospital que os médicos? É um nível de democracia jamais praticado. Porque hoje, nas quebradas, nas fábricas e empresas, não tem democracia, todos tem medo.”

“Prints” com algumas partes da entrevista também foram publicadas no Instagram. Vejam lá: https://www.instagram.com/s/aGlnaGxpZ2h0OjE3ODQ3MTk2NDgxMzc5MzIw?igshid=ds06yruklkb5&story_media_id=2424113571854984327_7640585135

A “saída” para a burguesia e nos roubar, explorar e oprimir

Na segunda, 19 de outubro, o Portal R7 reportou a campanha dos candidatos à prefeitura no artigo Enchentes e saúde são citadas por candidatos em SP nesta 2ª feira (19)https://noticias.r7.com/eleicoes-2020/enchentes-e-saude-sao-citadas-por-candidatos-em-sp-nesta-2-feira-19-19102020. Em atividades neste dia, Vera criticou a corrupção que está por trás da falta de verbas para combater enchentes ou destiná-las para a saúde ou qualquer outra necessidade do povo, tomando como exemplo o absurdo episódio do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), ex vice-líder do governo Bolsonaro, pego com sua cueca recheada com dinheiro destinado ao combate à Covid.

“Todos nós sabemos que a corrupção é inerente ao capitalismo. Temos que exigir punição exemplar dos envolvidos. Exigimos a prisão e a expropriação dos bens de todos os corruptos, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Com a grana que essa gente rouba, o governo poderia continuar pagando o auxílio emergencial durante a pandemia e aumentar o valor para pelo menos um salário mínimo! Não desejamos isso para São Paulo”, declarou a única mulher negra candidata à prefeitura de São Paulo.

Não há nada de normal ou aceitável na opressão

No dia 20 de outubro, Vera utilizou a coluna criada pelo Portal do Diário Popular IPTV para se manifestar sobre o lamentável e asqueroso episódio envolvendo o jogador Robinho, já condenado na Itália pelo estupro de uma jovem imigrante albanesa de 23 anos. No texto intitulado Machismo não é normal! Opinião sobre o caso Robinho (https://www.diariopopulardesp.com.br/colunistas/post/machismo-nao-e-normal-opiniao-sobre-o-caso-robinho/220/), Vera exigiu a punição do jogador, comentou suas relações com Bolsonaro, criticou a postura do time, mas celebrou a reação da torcida.

“O atleta diz que está sendo perseguido pela imprensa como o presidente Bolsonaro. Mas de vítima não tem nada: é réu confesso, sem demonstração de arrependimento ou solidariedade com a albanesa violentada. E, pior, deu entrevista na qual diz que seu único erro foi trair a esposa, e que tudo é culpa do movimento feminista! (…) Infelizmente, não é o primeiro caso de violência e estupro por jogadores de futebol. Basta recordar do goleiro Bruno (…); de Danilinho (…); ou ainda do goleiro Jean, preso nos EUA no ano passado acusado de agredir a esposa (…)”, recordou Vera.

E, ainda, acrescentou: “Assim, não deixa de ser lamentável que um clube como o Santos, que faz campanha pelo fim da violência contra a mulher, precisou perder patrocinadores para perceber o quanto sua decisão de contratar Robinho contribui para a cultura do estupro e a naturalização da violência contra mulheres. A pressão da torcida e da sociedade merece destaque, pois garantiu a rescisão do contrato do jogador, que é um avanço, ainda que parcial. Não podemos aceitar que se naturalize o fato de mulheres serem violentadas e agredidas e seus agressores saírem impunes e ainda premiados com contratos milionários.”

A luta contra a opressão também foi destaca no artigo Direito ao aborto legal e lavanderia pública: ideias de Vera Lúcia para SP (https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2020/10/22/vera-lucia-plano-de-governo-prefeitura-sp-2020.htm), no qual Vera lembrou que “a lógica por trás dessas propostas [restaurante e lavanderias públicos] tem a ver com reduzir o trabalho doméstico ao mínimo possível e compartilhá-lo entre homens e mulheres.”

Além disso, Vera também defendeu, dentre outras coisas, “descriminalizar e legalizar as drogas para pôr fim ao tráfico e à criminalização da juventude pobre”, “isenção de tarifas de água, luz e gás para desempregados”, “desmilitarizar a Polícia Militar”, limitar a atuação da Guarda Municipal à segurança patrimonial, que “todos os trabalhadores de aplicativos pelas empresas com todos os direitos trabalhistas”, reduzir a jornada de trabalho para 30 horas e desapropriar imóveis desocupados, nas mãos do setor especulativo, para que sirvam como moradia popular.

Colocar moradias, saúdes, educação e transportes sob o controle e a serviço dos trabalhadores

Na terça, dia 20, na sua cobertura diária sobre as candidatura s em São Paulo, o Portal R7 destacou a manchete Criação de emprego e hospitais marcam campanha em SP (https://noticias.r7.com/eleicoes-2020/criacao-de-emprego-e-hospitais-marca-campanha-em-sp-20102020), noticiando que neste dia os principais compromissos da Vera foram um debate com a população em situação de rua e o “Movimento Nacional de População de Rua” e um encontro com Lauro Fiaes, professor, operário, dirigente sindical licenciado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação e, no momento, um de nossos candidatos a vereador, e Altino Prazeres, militante do PSTU e coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, para discutir formas de acabar com a máfia dos transportes em São Paulo.

O debate também foi noticiado pelo SPTV da Rede Globo e uma síntese do encontro foi registrada num vídeo, publicado no Facebook (https://www.facebook.com/verapstu/videos/983477998820419), onde Altino convida os metroviários e metroviárias a votarem na primeira mulher negra e operária que concorre à prefeitura e a única que defende a completa estatização do sistema.

“Na cidade de São Paulo, é necessário estatizar todo o transporte público e colocar sob o controle dos trabalhadores. Todos os candidatos que falam em fiscalizar essas máfias, de Boulos a Russomano, passando por Covas, Tatto, França, entre outros, garantem que fiquem bilionários os donos das empresas e a população pagando caro, quando conseguem pagar, por um transporte ruim. Também quem mais sofre são os negros e negras que moram na periferia. Aqui, o racismo e machismo também cobram seu preço. É necessária a estatização já rumo à tarifa zero”, declarou Vera.

Na quarta-feira, dia 21, o Portal R7 destacou Candidatos citam saúde, comércio e auxílio emergencial em SP (https://noticias.r7.com/eleicoes-2020/candidatos-citam-saude-comercio-e-auxilio-emergencial-em-sp-21102020) e Vera falou sobre a postura negacionista e, consequentemente, genocida de Bolsonaro que, depois de se opor ao isolamento social, contribuindo diretamente para que chegássemos a mais de 155 mil mortos, com uma taxa de mortes cinco vezes maior do que a média mundial, agora, se opõe à obrigatoriedade da vacina.

“São Paulo é o epicentro da pandemia. A morte em São Paulo é preta, pobre, periférica e de trabalhadores. Os negros têm 60% mais chance de morrer de covid-19 do que os brancos e os bairros como Sapopemba, Capão Redondo, Brasilândia e Cidade Tiradentes são os campeões em mortes e contaminações. Se for comprovada a eficácia da vacina da China, os governos federal, estaduais e municipais não podem vacilar um minuto sequer para salvar vidas. Todas as vidas importam”, declarou Vera Lúcia.

Na sexta, 23 de outubro, Vera realizou uma vídeo-conferência com profissionais da Educação na qual discutiu seus projetos para o setor. O evento foi noticiado pelo SP TV 2ª edição, da Rede Globo (https://globoplay.globo.com/v/8965989/) que destacou a fala de Vera em defesa de que as aulas só sejam retomadas após o término da pandemia, do aumento do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), da municipalização das grandes escolas e redes particulares da cidade, da contratação e efetivação de mais professores(as), técnicos e demais profissionais do sistema educacional e do oferecimento de internet para educadores e estudantes.

O relato do evento também foi noticiado pelo Portal G1, no artigo Vera Lúcia defende aumento da verba destinada ao ensino público em São Paulo e municipalização das escolas (https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2020/noticia/2020/10/23/vera-lucia-defende-aumento-da-verba-destinada-ao-ensino-publico-em-sao-paulo-e-municipalizacao-das-escolas.ghtml), que destacou porque, para Vera e o PSTU, é necessária a construção de uma alternativa socialista também para a Educação.

“Nós dizemos que, nos marcos do sistema capitalista, é impossível você ter uma escola pública gratuita de boa qualidade, para todo mundo, 100%, porque ela o tempo inteiro vai concorrer com a iniciativa privada porque esse é o grande objetivo nas cidades capitalistas. Mas essa é a nossa grande busca, porque nós defendemos uma alternativa que seja socialista. E tanto é assim que nenhum outro candidato, nem da direita, nem da ultradireita, nem do centro, nem da direita, nem da esquerda defende um programa dessa forma porque na verdade estão comprometidos em administrar o capital”, disse Vera Lúcia na transmissão.

O encontro com os profissionais da educação, estudantes e comunidade ainda foi noticiado pelo Portal R7, na sexta, 23 (Acessibilidade e saúde são tema da campanha nesta sexta-feira (23)https://noticias.r7.com/eleicoes-2020/sp-acessibilidade-e-saude-sao-tema-da-campanha-nesta-sexta-feira-23-23102020), onde Vera também destacou que “o retorno parcial das aulas presenciais em novembro é resultado da pressão dos donos de escolas particulares sobre o prefeito Bruno Covas (PSDB), que será o responsável pela contaminação e eventuais mortes que ocorram.”

Um plano emergencial para barrar a alta dos preços, a fome e o desemprego

Na mesma reportagem, Vera também falou sobre o problema da fome, do alto preço dos alimentos e do aumento do custo de vida.

“O aprofundamento da crise pode gerar mais de 1 bilhão de famintos no mundo. No Brasil, teremos 15 milhões de pessoas com fome ainda este ano. Enquanto isso, a fortuna dos bilionários é recorde. É preciso taxar as grandes fortunas, cobrar as grandes empresas devedoras do município, suspender o pagamento da dívida pública e congelar o preço dos alimentos. O auxílio emergencial deve ser estendido a todos os desempregados e seu valor imediatamente aumentado para 1 salário mínimo de SP”, declarou a candidata.

As propostas dos candidatos à prefeitura em relação ao auxílio emergencial e transferência de renda foram abordadas, na sexta, 23 de outubro, pelo Portal G1 (Eleições 2020: candidatos a prefeito de SP incluem auxílio em dinheiro em suas plataformas eleitorais; veja propostas – https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2020/noticia/2020/10/23/eleicoes-2020-candidatos-a-prefeito-de-sp-incluem-auxilio-em-dinheiro-em-suas-plataformas-eleitorais-veja-propostas.ghtml), destacando que 10 dos 14 candidatos têm alguma proposta neste sentido.

Dentre as quatro exceções, vale destacar a posição do empresário Andrea Matarazzo (PSD) que, desconsiderando absolutamente a realidade, tirou da cartola o mesmo slogan dos seus ex-aliados tucanos (José Serra, quando prefeito, e Geraldo Alckmin, quando governardor): “Não Dê Esmola, Dê Futuro”, dizendo que vai oferecer à população mais vulnerável cursos de capacitação profissional e recolocação no mercado de trabalho, em parceria com os empresários.

Propostas semelhantes, que também partem do argumento de que programas de transferência de renda são assistencialistas, foram apresentadas por Artur do Val (Patriota), Filipe Sabará (Novo) e Joice Hasselman (PSL).

Contudo, dentre os 10 defendem alguma medida, somente Vera propõe “a manutenção do auxílio emergencial durante a pandemia do coronavírus em R$ 600 até o fim da pandemia, além de uma complementação pela Prefeitura de São Paulo para atingir o piso salarial de R$ 1.163”, além de prever, em plano de governo, o “aumento do piso salarial de São Paulo para R$ 4.020, e isenção de tarifas de água, luz e gás para desempregados, que também deverão receber outro auxílio.”

Em 22 de outubro, o Porta R7 publicou o artigo Propostas em habitação e saúde marcam campanha em SP (https://noticias.r7.com/eleicoes-2020/propostas-em-habitacao-e-saude-marcam-campanha-em-sp-23102020) no qual Vera mencionou quais seriam suas primeiras medidas, caso eleita, principalmente diante da pandemia.

“As pessoas querem viver com dignidade. Querem ter o seu trabalho e o seu salário. Para gerar novos empregos, defendo a redução da jornada para 30 horas semanais, sem redução de salários, um plano de obras públicas, onde os demitidos fossem recontratados e pudéssemos construir moradias, creches, hospitais, corredores de ônibus e saneamento, bem como ampliar as vagas nos serviços públicos de educação, saúde, transportes e cultura”, declarou Vera Lúcia.

Venha conosco! Vote 16! Determinação socialista para “aquilombar São Paulo”

No dia 24 de outubro, o Diário do Centro do Mundo (DCM, vinculado ao Portal IG) republicou uma postagem feita no Instagram pelo ator Pedro Cardoso (O ex-Globo Pedro Cardoso diz que é contra artistas indicarem voto, mas pede atenção à candidata do PSTU –  https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/o-ex-globo-pedro-cardoso-diz-que-e-contra-artistas-indicarem-voto-mas-pede-atencao-a-candidata-do-pstu/amp/) no qual ele, depois afirmar que não acredita “que seja saudável pessoa famosa indicar voto em político”, pois “seria supor uma incapacidade de as pessoas escolherem por si mesmas”, justificou porque ter decidido a ajudar a dar visibilidade aos programas do PSTU, PSOL e PCdoB, fazendo uma referência especial a Vera.

“Nessa intenção sugiro que conheçam as vontades de Vera Lúcia para a prefeitura de SP. São propostas do mais abrangente socialismo. Valorizam o bem público em detrimento do bem privado. É um susto ler tamanha determinação. Eu acho a contribuição deles de grande importância e os gostaria de ver mais influentes do que têm sido. Seria bom haver vereadores do PSTU e dos demais partidos ainda com intenção pelo bem público.”, escreveu Pedro Cardoso.

Essa determinação fica evidente na coluna que Vera escreveu para o Diário Popular IPTV no início da semana, sob o título Fala, Vera! Vamos Aquilombar São Paulo! (https://www.diariopopulardesp.com.br/colunistas/post/fala-vera-vamos-aquilombar-sao-paulo/225/) que, com certeza, vale ser lido em sua íntegra, mas cujos alguns trechos sintetizam porque votar em Vera e nos candidatos e candidatas à Câmara Municipal é um importante passo para a construção de uma alternativa socialista.

“Dedico minha vida a mudar o mundo e o país desde minha juventude. E, nessas eleições, tenho a oportunidade de apresentar uma proposta alternativa, revolucionária e socialista para São Paulo. Minha candidatura será dos ‘de baixo’, a serviço da classe operária, do povo pobre e negro que luta todos os dias para sobreviver e para mudar os rumos de uma cidade tão desigual”, destacou Vera no início do texto.

“(…) Por isso, nossa candidatura, inspirada na nossa história de resistência, que ficou marcada nos bairros do Bexiga e da Liberdade e que sobrevive em cada periferia, quer aquilombar São Paulo, quer inverter a lógica desumana de uma cidade que preza pelo lucro acima das nossas vidas.

Conheça minhas propostas e se some à nossa campanha nas fábricas, ocupações e bairros com a classe operária e o povo pobre e também na internet, nas lives, conversas virtuais ou comitês online.

E se puder, contribua financeiramente, com uma campanha sustentada exclusivamente com o dinheiro dos trabalhadores.

Venha! Vamos aquilombar São Paulo!”