Redação
2 de junho: Alckmin (governador de São Paulo) e Haddad (prefeito da capital) anunciam juntos o reajuste da tarifa no transporte público (metrô, trens e ônibus).
3 de junho: Acontece o primeiro o ato contra o aumento das tarifas em São Paulo. A manifestação foi convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL). O PSTU esteve presente.
6 de junho: Segundo ato contra o aumento das passagens em São Paulo. Cresce o número de participantes. A polícia agride manifestantes. Altino Júnior, militante do PSTU e então presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi preso no protesto.
7 de junho: Manifestantes voltam às ruas da capital paulista. A polícia age novamente com violência.
11 de junho: Atos acontecem em outras cidades brasileiras. Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo se destacam. Manifestantes são novamente agredidos pela polícia paulista.
13 de junho: As ruas de São Paulo voltam a ser ocupadas. A polícia age com bastante violência. As cenas de violência ganham repercussão nacional. Profissionais da imprensa também foram agredidos pela polícia.
15 de junho: Abertura da Copa das Confederações no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Milhares de manifestantes marcham pela capital federal, contrários aos gastos públicos para a realização da Copa do Mundo de 2014. A presidente Dilma é vaiada dentro do estádio.
16 de junho: Trabalhadores da imprensa protestam em São Paulo contra a violência policial. O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo estimava que pelo menos 12 repórteres já haviam sido agredidos e dois tinham sido presos de forma arbitrária no dia 13 de junho.
No Rio de Janeiro, milhares de manifestantes participam de um ato em frente ao Maracanã. Era a inauguração do estádio na Copa das Confederações. A polícia agrediu manifestantes que pediam o cancelamento da Copa do Mundo e mais investimentos em Saúde e Educação. Novas pautas se somam à luta contra o reajuste das tarifas do transporte.
17 de junho: Grandes manifestações ocupam as principais ruas e avenidas em onze capitais brasileiras, contra o aumento das passagens e a violência da polícia e por melhorias nos serviços públicos. Em São Paulo, manifestantes ocupam a Ponte Estaiada. Em Brasília, o teto do Congresso Nacional foi tomado por manifestantes. 100 mil pessoas protestaram nas ruas do Rio de Janeiro.
19 de junho: Após seis atos públicos, Alckmin e Haddad anunciaram o cancelamento do reajuste da tarifa do transporte público. Outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, também suspenderam os reajustes. De acordo com o levantamento do portal G1, reajustes também foram cancelados em 104 cidades, localizadas em 17 estados.
20 de junho: O grande dia da Jornada de Junho, com protestos em 22 capitais e no Distrito Federal, e mais 388 cidades, nas cinco regiões do país. As ruas do Brasil foram tomadas por milhões de pessoas. Atos gigantescos aconteceram nas maiores cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e BH.
21 de junho: Impactada com a força dos protestos que levaram milhões às ruas, a presidente Dilma Rousseff realiza uma reunião de emergência com ministros. À noite, faz um pronunciamento de cerca de dez minutos em rede nacional.
Nesse dia, o Movimento Passe Livre comunicou que não convocaria novos protestos, mas em São Paulo houve protestos nesse mesmo dia, por melhorias nos serviços públicos, contra o projeto da “Cura Gay” e a PEC 37, que buscava tirar o poder de investigação do Ministério Público.
24 de junho: Na busca por esvaziar as ruas, Dilma se reuniu com os governadores e prefeitos das capitais para anunciar promessas que nunca saíram do papel. A petista apresentou cinco pactos e uma Proposta de Emenda Constitucional que promovia exclusivamente uma reforma política. Dilma também se reuniu com representantes do Movimento Passe Livre. Mas as pautas nas ruas iam além do transporte público.
30 de junho: Final da Copa das Federações. Ocorreram protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil em apenas 18 cidades. O número de protestos e de pessoas nas ruas diminuíam desde os atos gigantes do dia 20.
