Cartaz original do filme
Divulgação
Redação

Uma compreensão dos antagonismos de classe no interior do movimento independentista – qual classe deveria conduzir a luta contra os britânicos? – é nada menos do que a questão central do filme.“Nosso filme é um pequeno passo para levar os britânicos a encarar sua história imperialista. Quem sabe, se contarmos a verdade sobre o passado, possamos falar a verdade sobre o presente. (…) Vivemos em tempos extraordinários, e esse fato politizou as pessoas de maneira tal que elas talvez não estivessem nos últimos quatro, cinco ou seis anos. As guerras às quais estamos assistindo, as ocupações em várias partes do mundo… as pessoas não podem se recusar a enxergar tudo isso.”
Kenneth Loach, diretor, 70 (Cannes, França, 2006).

Roberto Della Santa Barros

O tema central do novo trabalho de Ken Loach – no original, ‘The Wind That Shakes The Barley’ – compreende o período entre a Guerra da Independência (1919-1921) e a Guerra Civil irlandesas (1922-1923). O filme se passa em County Conrk, localidade que se tornou o centro nervoso da resistência à invasão britânica durante 1920, ano no qual o filme se inicia. Vêem-se as tensões sentidas contra os britânicos – em uma Irlanda em guerra civil – no desenvolvimento mesmo das personagens. Como o protagonista Damien, que inicialmente não queria lutar contra os britânicos, mas sim fazer sua residência médica em Londres, e seu irmão mais velho, que era integrante de uma ativa célula militar de combate do IRA [o Exército Republicano Irlandês, na sigla em inglês]. O filme reabriu a discussão sobre o que aconteceu naqueles anos.

O mérito artístico do filme foi reconhecido pela conquista da Palma de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Cannes de 2006. Contudo, a maioria da mídia britânica – e também alguns críticos irlandeses – reagiram furiosamente, através de uma forte condenação do retrato de Ken Loach do papel desempenhado pela Grã-Bretanha na Irlanda. O Times, de Londres, comparou Ken Loach a Leni Riefenstahl, um ideólogo nazista (!). Já Simon Heffer, no Daily Telegraph, afirmou que “[Loach] odeia este país, mas vive às suas custas [como um sanguessuga].” Pouco depois, o mesmo Heffer admitiu sequer ter visto o filme. Para além dos holofotes midiáticos cabe ressaltar que – ao atacar o caráter de Ken Loach – pretendia-se:

• Desviar o foco de atenção e do debate para longe do papel bárbaro desempenhado pela Grã-Bretanha na Irlanda, e

• Manter o mito de que o papel da Grã-Bretanha na história da Irlanda é – “e sempre foi” – o de uma força “civilizatória” e de “arbitragem” neutra.

Alguns críticos reclamaram que o nível de violência usado para retratar as tropas britânicas foi muito duro. O filme mostra os esquadrões Black & Tans, leais à Coroa, ateando fogo em uma casa no campo – na realidade o terror infligido eram muito pior – “represálias, matanças e tortura se tornaram uma característica do processo britânico de guerra. (…) Cidades (Cork), vilarejos (Fermoy) e povoados (Balbriggan) [foram incendiados]…”

Em outras áreas a crítica de “Ventos de Liberdade” comparou-o ao brilhante filme de Loach, “Terra e Liberdade” (1995), cujo tema foi a Guerra Civil Espanhola (1936-39). São realmente comparáveis – ambos contêm lições importantes da história e são importantes de se estudar; ambos são artisticamente verdadeiros para os tempos, acontecimentos e seus respectivos desdobramentos retratados; revelam algo das forças de classe em cena no momento; suscitam uma discussão de fôlego e podem ser usados como uma verdadeira alavanca para aprofundar nossos conhecimentos sobre o passado e o presente.

A luta pela independência
O filme irlandês mostra os irreconciliáveis interesses de classe envolvidos e a trágica disjuntiva: ou a classe operária e os trabalhadores rurais tomariam a iniciativa da luta mesma para uma Irlanda unida ou os agentes capitalistas e setores das classes médias trairiam esta luta.

“A independência para a Irlanda era uma necessidade social urgente. Em Dublin – onde as condições sociais eram relativamente melhores do que no resto do país – a taxa de mortalidade entre as crianças eram as mais altas de toda a Europa, mais alta até do que em Calcutá, na Ásia. O Inspetor Médico de Saúde de Dublin, em 1905, relatou o contraste surpreendente em mortalidade infantil de menos que um por cento para crianças de estratos médios e profissionais liberais e 27,7% para filhos de trabalhadores. De acordo com outro relatório do governo, de 1914, aproximadamente um terço de toda a cidade vivia em cortiços. As condições na zona rural eram muito piores, a crise agrária – crônica – era a um só tempo a mais dura de todas e o problema mais fundamental da nação oprimida” (em The Easter Rebellion, IVª International, 1943).

A luta dos irlandeses pela independência era de fato uma luta para retirar a totalidade [territorial] da Irlanda do controle britânico. O filme termina com a traição de uma Irlanda dividida e o papel desempenhado pelas forças republicanas, que assinaram tal acordo às costas daqueles que lutavam pela libertação nacional. A divisão da Irlanda foi um modelo para a partição de países como a Índia, também o Chipre, depois a Bósnia e, hoje, estamos testemunhando semelhantes propostas para a partição do Iraque.

A brutalidade britânica
Também é impossível assistir à descrição dos ataques e a tortura brutal pelas tropas britânicas contra os trabalhadores rurais e suas famílias – além dos ataques aos trabalhadores ferroviários – sem pensar na situação em Fallujah (Palestina), nas cidades do Iraque e nas ultrajantes imagens de Abu Ghraib. Ken Loach confirmou que a analogia histórica estabelecida era realmente intencional.

Enquanto centro nervoso da resistência irlandesa, a localidade de Cork experimentou as piores formas de terrorismo do Estado britânico, vastas zonas foram postas em chamas (em Who burned Cork City? – a booklet published by the Irish Labour Party and Trades Union Congress, 1921).

“Em umas das piores atrocidades cometidas durante a Guerra de Independência, as forças britânicas atearam fogo, deliberadamente, a vários quarteirões de edifícios ao longo das Zonas Leste e Sul da Rua de Saint Patrick durante o sábado à noite – de 11 de dezembro de 1920 – e no domingo seguinte, pela manhã. A sede da Prefeitura e a Biblioteca Carnegie também foram completamente destruídas pelo fogo” (disponível no portal oficial de Cork).

Em janeiro de 1920, Sinn Fein ganhou a maioria dos centros urbanos e rurais nas eleições municipais e, como conseqüência, os Black & Tans reagiram brutalmente. Por exemplo, eles violentamente entraram na casa do prefeito do município de Cork – Tomas Mac Curtain – e o assassinaram a sangue frio, em frente à sua esposa.

Revolta contra o Império
Depois da Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha deixou de ser a potência mundial que uma vez fora e estava desesperada por manter-se atada às suas colônias. Os movimentos anti-colonialistas foram crescentes, como uma reação a séculos de brutalidade cometidas pelos britânicos, em oposição ao barbarismo da guerra e sob inspiração da Revolução Russa de 1917.

Em 1920 o objetivo dos britânicos era nada menos do que destruir a jovem república soviética. Naquele ano o Parlamento britânico tentou sustentar uma intervenção militar contra a União Soviética, enviando armamentos para a Polônia, de onde uma nova intervenção podia ser lançada. Porém estes armamentos nunca deixaram a Inglaterra à medida que os sindicatos ameaçaram uma greve geral caso os navios fossem carregados.

Os anos de 1917 a 1919 testemunharam uma Europa rebelde, enquanto a velha ordem germânica ruía. Isto foi seguido por greves e as assembléias gerais começaram a se espalhar por toda a parte. A república soviética húngara foi declarada em 1918 e existia inquietude social por toda a Europa.

Em 1919 a Grã-Bretanha enfrentou rebeliões no Egito, Afeganistão e Índia. Impiedosamente, derrubou a Insurreição de Páscoa [“Easter Uprising”, célebre levantamento de autodeterminação irlandesa], em Dublin, 1916, enquanto – ao mesmo tempo – grandes cidades industriais, como Glasgow e Belfast, saíram em greve por uma redução na semana de trabalho, sem descontos na folha de pagamento, a fim de reduzir o crônico desemprego. O governo britânico enviou soldados a Belfast e Glasgow e colocou as cidades sob invasão militar. Na Escócia eles descreveram a greve como uma “insurreição bolchevique”. Enviaram sessenta tanques e cem exércitos “lorries”. Os trabalhadores foram forçados a voltar, porém outras greves tiveram início, em outras cidades.

Era um período de fermentação revolucionária na Irlanda, de 1916 em diante. O filme mostra uma classe dirigente britânica determinada a lutar por aquilo que restava de seu Império. Depois da Insurreição de Páscoa – em 1916 – 3.500 foram presos, 1.800 não tiveram julgamento e 25 foram executados. A Grã-Bretanha teve que manter seu domínio na Irlanda – sua primeira e mais próxima colônia – ou enfrentaria dificuldades insuperáveis nas outras colônias britânicas.

A libertação nacional e a classe operária
Em 1917 existia, por um lado, o ascenso de um grande movimento de trabalhadores militantes e, por outro, a ascensão do partido político Sinn Fein. O ano de 1913 assistiu também o Grande Locaute nas docas de Dublin, que durou 8 meses. Sua derrota esmagou desdobramentos adicionais até 1917. O movimento operário e os movimentos independentistas se entrelaçavam, tal como mostra o filme com Dan, um trabalhador ferroviário que tinha sido parte do Exército Civil de James Connolly [“James Connolly’s Citizen Army”], que levou – em 1916 – à Insurreição de Páscoa. A Central Sindical de Transportes e Serviços Gerais foi fundada em 1909, por James Larkin e, então, James Connolly começou a crescer novamente. Em 1918 as afiliações aumentavam rapidamente. Eles ganharam trabalhadores urbanos e muitos integrantes das muitas partes da Irlanda rural. Seu objetivo imediato se tornou melhorar os salários e as condições conquistadas enquanto trabalhadores rurais.

Em 1918, o Estado britânico precisou de mais tropas para a guerra contra a Alemanha, cujas forças ameaçavam atravessar Paris. Em 18 de abril de 1918, o Parlamento britânico votou pela conscripção irlandesa [alistamento militar, compulsório, em período de guerra]. A reação foi imediata. O encontro nacional de líderes de Sinn Fein, o Congresso Sindical irlandês, o Partido Trabalhista irlandês e outras organizações emitiram então uma declaração chamando à resistência – por todos os meios, efetivos e necessários – à conscripção militar. A oposição à guerra e à conscripção eram enormes, incluindo parte da própria Igreja Católica.

Os sindicatos operários organizaram uma Conferência Extraordinária e tiraram então o chamado a uma Greve Geral, contra a conscripção militar ao exército britânico. O chamado foi apoiado em todas as partes, com a exceção dos sindicatos da região Nordeste. Este foi, de fato, o primeiro grande movimento social contra a guerra imperialista fora da União Soviética. Os sindicatos ameaçaram mobilizar todo o país – e instaurar unidades especiais anti-conscripção – caso os britânicos fossem em frente com seu plano.

Isto também deu início à luta para ver quem iria dirigir o movimento independentista: a classe operária ou as outras forças sociais e políticas, que incluíam a burguesia capitalista ao Sul, a Igreja Católica e o próprio Sinn Fein. Em janeiro de 1919, Arthur Griffith, do Sinn Fein, escreveu: “A greve geral é uma arma que nos pode ajudar ou prejudicar. Seria imprudente, no momento, e poderia ser imprudente – a qualquer hora –, a não ser sob circunstâncias extremas.” Não teria sido esta a perspectiva de James Connolly, o socialista revolucionário que ousou vislumbrar o destino da Irlanda nas mãos da classe operária – enquanto direção da luta de resistência pela autodeterminação –, chamando à guerra civil contra todos os governos que apoiaram a Primeira Guerra Mundial.

Os interesses de classe que iriam predominar na luta pela libertação nacional são mostrados, então, nos acalorados debates sobre a questão de como conduzir a guerra pela independência. Estas cenas são reminiscências das cenas de ‘Terra e Liberdade’, quando camponeses e militantes debateram, calorosa e apaixonadamente, sobre a propriedade da terra. Não é demais lembrar: uma compreensão dos antagonismos de classe no interior do movimento independentista – qual classe deveria conduzir a luta contra os britânicos? – é nada menos do que a questão central do filme.

O filme mostra a traição das forças pró-conciliadoras [“pro-treaty”, a favor do tratado] que levaram à divisão da Irlanda, à formação do governo pró-conciliação e à Guerra Civil – ao Sul. O governo britânico forneceu armas para que Dublin pudesse derrotar as forças anti-conciliadoras – encarcerando, executando e assassinando aqueles e aquelas que continuaram a lutar pela autodeterminação da Irlanda.

O papel de mulheres
A principal personagem mulher é, antes de qualquer coisa, uma figura romântica no filme. Seu papel no movimento, entregando armas e circulando informes, é retratado como uma ação excepcional e individual, e não – como o foi – enquanto parte de uma grande e organizada rede de mulheres ativas. O filme marginaliza o significante papel desempenhado pelas mulheres no movimento de resistência e pela autodeterminação.

Em 1918, a organização Cumann’na’mBan tinha sido proscrita, enquanto entidade ilegal, ainda durante a Guerra de Independência (1919-1921). Cumann foi uma organização paramilitar de mulheres pró-República Irlandesa formada em Dublin – em meados de abril de 1914 – enquanto força auxiliar dos Voluntários Irlandeses. (Muito embora fosse, à época, uma organização independente, seu comitê executivo era subordinado à direção dos Voluntários Irlandeses).

Surge então um governo subterrâneo [“underground government”], e foram as mulheres que levaram a cabo todo o trabalho quotidiano nas seções e conselhos instalados enquanto alternativa de poder dual ao governo britânico. Elas eram Juízas nos Tribunais de Sinn Fein, como representado no filme. Quando o Tratado foi trazido de volta à Irlanda, em dezembro de 1922, Cumannn foi a primeira organização a votar contra sua ratificação, por 419 votos a 63. A guerra civil era conhecida como “a guerra das mulheres”, por conta das tantas – e proeminentes – mulheres em oposição ao Tratado, reconhecendo deste modo que representou a perda da República proclamada em 1916 (em: In Their Own Voice: Women, Irish Nationalism and Unmanageable Revolutionaries, by Margaret Ward).

Desde novembro de 1922 as mulheres – principalmente as integrantes de Cumann – foram presas em grandes quantidades. Existiam mais de 12.000 prisioneiros em cárceres de todo o país, nada menos do que 700 eram mulheres.

Uma Irlanda dividida
Connolly advertiu que as forças não-operárias trairiam, e assim foi. A tragédia consistia em que Connolly tinha sido morto e, deste modo, não existia nenhum partido operário e socialista que pudesse ao menos tentar ligar seu destino imediato com as forças anti-tratado e, deste modo, fincar raízes na direção da luta pela autodeterminação a um só tempo, social e nacional.

Em 1921, os britânicos não logravam derrotar o movimento republicano ao Sul e, então, eles dividiram a Irlanda criando um Estado associado [“Union State”, associado ao Reino Unido] ao Norte e o Parlamento, em Dublin, concordou com a divisão.

O período compreendido entre 1922 e 1969 assistiu a Norte e Sul reforçarem seus regimes políticos contra a classe operária. Ao Sul, a Igreja Católica obteve poder considerável e o Estado associado – ao Norte – foi governado por intolerância, discriminação, desigualdade e opressão contra as comunidades católicas e independentistas.

Já em 1968, as comunidades independentistas não podiam agüentar tamanho sofrimento, sob o domínio dos associativistas [“unionists”, pró-Reino Unido], e foram então para as ruas, marchar e lutar. A opressão associativista agora veio com força, bruta e total. Se é verdade que os católicos foram inicialmente surrados e varridos das ruas, também o é que a resistência e sua determinação, desde então, só fizeram crescer.

As tropas britânicas foram enviadas, em 1969, sob o disfarce de defender as comunidades nacionalistas dos ataques “legalistas” [“loyalists”, leais à Coroa]. Mas, rapidamente, o propósito verdadeiro de apoiar o associativismo – oprimindo a comunidade independentista – foi revelado.

Uma guerra de trinta anos resultou culminando no pífio “Acordo de Paz da Sexta-feira Santa”, assinado em 1998.

A Grã-Bretanha mantém seu domínio… por ora
Enquanto um acalorado debate está acontecendo na Irlanda – sobre o filme – muito pouco foi dito acerca da atual situação e, enfim, o que o filme pode nos ensinar sobre tudo isto. O “Acordo de Sexta-feira Santa” – forçado pela liderança de Sinn Fein – é a traição dos dias de hoje. As conexões entre o filme e a estória que retrata deveriam ser discutidas à luz dos argumentos históricos realizados pelo filme.

Aqueles que se opuseram ao tratado, em 1921, foram cruelmente derrubados. Do mesmo modo, qualquer um que se opõe à estratégia de Sinn Fein hoje é ou ignorado ou rapidamente descartado como “dissidente”.

A posição dos pró-conciliadores é agora totalmente reconhecida como a base para a dita “paz” de Sinn Fein. A Assembléia da Irlanda do Norte é uma instituição capitalista. Segue à risca as políticas econômicas e sociais do Estado britânico. Existem mais tropas na Irlanda do Norte do que no Iraque. O Estado britânico pretende manter 5.000 tropas e nada menos do que 11 bases militares na Irlanda do Norte.

Os britânicos mantêm seu domínio direto na Irlanda do Norte, não só mediante a chamada Ordem Laranja [“Orange Order”], mas através do próprio Sinn Fein, em um “poder compartilhando”, executivo. Hoje, Dublin “honra” Tony Blair por seu papel no “processo de paz”. Mas a paz é somente temporária: mais cedo ou mais tarde um crescente movimento de trabalhadores – católicos e protestantes – sentirá a bota do imperialismo britânico ser polida tanto pela Ordem Laranja, quanto por Sinn Fein e o próprio Governo de Dublin. Ou, nas atuais – e urgentes – palavras de James Connolly:

“Sinn Fein (…) – Nós mesmos, tão-só. Eu me pergunto quanto tempo irá passar até que a classe operária perceba o significado pleno daquele princípio! Quanto tempo irá passar até que os trabalhadores percebam que o movimento socialista é um movimento da classe operária. E quanto tempo irá passar até que os socialistas percebam que o lugar de todas as outras classes neste movimento é – e deve ser – subordinado. Quanto tempo irá passar, afinal, até que os socialistas percebam a loucura e a inconsistência de, por um lado, pregar para os trabalhadores que “a emancipação da classe operária deve ser obra dos próprios trabalhadores” e, por outro lado, apresentar para aqueles mesmos trabalhadores a visão mesma de toda posição importante no partido sendo ocupada por não-operários” (em: Sinn Féin and Socialism, 1908.) [grifos, tradução e adaptação nossos].

FICHA TÉCNICA:
Título Original: The Wind that Shakes the Barley
Duração: 127 minutos
Ano de Lançamento: 2006 (Inglaterra/Espanha/Alemanha/Itália/França/Irlanda)
Direção: Ken Loach
Montagem: Jonathan Morris
Roteiro: Paul Laverty
Produção: Rebecca O`Brien
Música: George Fenton
Fotografia: Barry Ackroyd
Desenho de Produção: Fergus Clegg
Direção de Arte: Michael Higgins e Mark Lowry
Figurino: Eimer Ni Mhaoldomhnaigh
Efeitos Especiais: Team FX Ltd./Cine Image Film Opticals Ltd.