Leia abaixo a nota do PSTU do ABC paulistaNão ao aumento. Desafiamos os vereadores a investirem esse dinheiro em educação!

Os vereadores de São Bernardo do Campo aumentaram, por unanimidade, os seus salários em 61,8%,de R$ 9.288 para R$ 15.031,76. Sabendo o absurdo de sua medida, os vereadores aprovaram este aumento no dia 22, véspera do feriado, na tentativa de abafar essa decisão e de não ter tanta repercussão na região. Já para os trabalhadores, esta mesma casa aprovou em abril um reajuste para os servidores municipais de apenas 6,36% e ainda parcelado em duas vezes.

Esse aumento se embasa na aprovação do Projeto de Lei nos últimos dias do Governo Lula; que representou um reajuste de 61,83% no salário dos senadores e dos deputados federais, de 133,96% para o salário do presidente da República e de 148,63% no do vice-presidente e dos ministros. Projeto esse que representaria um reajuste em cadeia para os estados e municípios uma vez que os salários desses parlamentares estão vinculados aos dos federais. Neste mesmo período governo federal também aprovou um reajuste muito baixo para o salário mínimo, de apenas 35 reais. Isso deixa bastante claro para quem as duas casas estão governando. Alem de o Governo Dilma ter cortado 50 bilhões de reais do orçamento em investimento nas áreas sociais, para pagamento da divida externa e cobrir o rombo nas contas devido à isenção de impostos as grandes empresas.

Nós do PSTU achamos inaceitável o aumento dos parlamentares do país. Sequer a inflação do ultimo período o justifica, sem falar no fato que o salário dos parlamentares já está altíssimo. Muito acima daquilo que seria necessário, defendemos que os salários dos parlamentares sejam igual o de um trabalhador médio para que a carreira política não seja vista como um trampolim social.

Em SBC a população tem enormes necessidades que não foram atendidas pelo governo do Marinho. As enchentes é um constante transtorno a população e o saneamento básico em bairros inteiros como Vila São Pedro e Alvarenga é um caos, até mesmo no centro da cidade. Sem falar na falta de titulo de posse e regularização de muitos bairros em área de manancial/preservação ambiental, em área de risco e sem as condições básicas de uma moradia decente. A educação municipal está em péssimas condições, precisando de inúmeros investimentos, faltam vagas nas creches, investimento em infra-estrutura, na valorização do professor. Na saúde vemos o mesmo caos. E ainda existe a desvalorização dos trabalhadores municipais que receberam um reajuste baixíssimo.

É lamentável ver categorias inteiras serem precarizadas com baixos salários e sem condições de trabalho em todo Pais, como demonstraram as lutas dos Bombeiros do Rio de Janeiro, dos trabalhadores da Construção Civil, inclusive nas obras do PAC do Governo Dilma e uma onda de greves de Servidores e Professoras da rede pública em todo Pais. Enquanto Deputados, Senadores e Vereadores decidem aumentar seus próprios salários de forma absurda. Revelando que lado e o que eles realmente representam em seus mandatos. E infelizmente não é o povo pobre e nem os trabalhadores.

O reajuste dos vereadores ainda está sendo depositado em um fundo de reserva, pois não há decisão jurídica favorável para os aumentos que estão ocorrendo nas prefeituras do país. É uma quantia de 120mil reais depositados por mês, só neste ano somará 1,2 milhões de reais. Desafiamos os vereadores a abrirem mão do seu reajuste de salário desproporcional para investir naquilo que a população de fato necessita.

Por que não utilizar este dinheiro para investir na educação? Poderiam ser abertas muitas vagas em creches e no ensino fundamental, poderiam ser comprados melhores materiais didáticos para as escolas, ter um reajuste para os professores e diversos outros benefícios que a cidade teria e não apenas os 24 vereadores. Fica lançado o desafio para demonstrarem de qual lado estão. Seriam 120 mil reais a mais por mês para investir num setor de primeira necessidade da população, a educação.

O PSTU também está estudando a possibilidade de entrar com um processo contra este desrespeito dos vereadores, mas desde já chamamos os trabalhadores e estudantes a se organizarem e se incorporarem no ato na manhã desta quarta-feira, dia 6 de julho, em frente à Câmara dos Vereadores, e iniciativas que serão realizadas pela ANEL e a CSP-CONLUTAS na região.

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