Os mais de mil delegados eleitos em todo o país vem construindo no dia-a-dia os debates que irão culminar no Congresso Nacional dos EstudantesOutro debate que tomará conta dos grupos de discussão no Congresso Nacional dos Estudantes é sobre a necessidade de continuar, com toda força, o processo de lutas aberto no ano de 2007 e sobre qual rumo deve tomar o movimento estudantil brasileiro frente à falência da UNE como uma entidade a serviço das lutas dos estudantes.

Não à toa, todas as teses que se inscreveram no CNE tomam uma posição em relação a esse tema. Todas essas diversas opiniões serão apresentadas em um amplo debate com o conjunto dos delegados ao Congresso e será tarefa de cada um desses milhares de delegados eleitos em seus cursos dar mais um passo decisivo na história do movimento estudantil brasileiro.

Para nós, essa é uma das principais discussões a ser feita nesse Congresso. Por isso, queremos fazer um amplo debate com cada um dos delegados eleitos em todo o país.

Uma nova entidade para o movimento estudantil brasileiro!
O movimento estudantil brasileiro passa por um momento muito importante: novamente se acendeu uma chama em todo o Brasil contra os projetos de ataque à educação pública. Em cada ocupação de reitoria, o movimento estudantil mostrava a sua disposição de luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade. A grande tarefa do movimento estudantil brasileiro hoje é não deixar que essa chame se apague: é preciso organizar nacionalmente o movimento estudantil para potencializar nossa luta.

Esse ano, a crise econômica vai gerar grandes cortes nas áreas sociais, como saúde e educação, além de aumentar as mensalidades das universidades privadas, aumentar as demissões nas empresas e reduzir salários e direitos em todo o país. O movimento estudantil precisa dar uma resposta nacional unificada para não deixar que sejam os trabalhadores e a juventude desse país que paguem a conta da crise.

Infelizmente, o movimento estudantil brasileiro perdeu sua principal referência de luta: a histórica União Nacional dos Estudantes não existe mais. O que existe hoje são escombros de uma das maiores entidades de estudantes que já existiu. Completamente burocratizada, sem democracia e atrelada ao governo Lula, a UNE hoje não nos serve mais enquanto instrumento de luta.

Mas nós não podemos ficar parados! Apesar da traição da UNE, o movimento estudantil brasileiro segue lutando e deve dar um passo à frente. É preciso construir uma nova entidade estudantil nacional que possa recuperar a confiança de cada estudante na luta unificada do movimento estudantil.

Para isso, é preciso que essa nova entidade seja construída a partir do resgate das tradições do movimento estudantil combativo, tradições essa que a UNE jogou no lixo – como a independência frente a governos, reitorias, a autonomia frente a partidos políticos, a democracia de base, a ação direta como nossa arma prioritária e a opção política de estar ao lado dos trabalhadores.

É preciso também que na construção da nova entidade sejam incorporados aspectos acumulados no movimento estudantil nos últimos anos: a representação política dos estudantes através das entidades de base e os rumos do movimento sendo decididos pela base dos estudantes.

Queremos construir a nova entidade fazendo uma síntese de diversas gerações de estudantes com um único objetivo: organizar a luta dos estudantes nacionalmente em defesa da educação pública. Temos certeza que esse será mais um passo decisivo rumo à construção de uma nova referência de luta para o movimento estudantil e o conjunto dos movimentos sociais do nosso país.

  • Veja como está a movimentação para o CNE nos estados:

    RIO GRANDE DO SUL
    Durante a luta pelo “Fora Yeda!”, estudantes organizam a ida de dois ônibus, podendo chegar a três.

    SANTA CATARINA
    Dois ônibus garantidos, de Florianópolis e Criciúma, e segue a batalha pelo terceiro ônibus.

    PARANÁ
    Dois ônibus: um de Curitiba e um de Maringá. Há ainda a possibilidade de um ônibus em Marechal Rondon.

    SÃO PAULO
    Está prevista uma ampla delegação de 15 a 18 ônibus para representar as mobilizações em São Paulo, como a luta das estaduais paulistas, as mobilizações em pagas e secundaristas.

    RIO DE JANEIRO
    Estarão presentes 500 delegados e centenas de participantes de todo o estado para receber os estudantes de todo o Brasil.

    MINAS GERAIS
    Cinco ônibus e dois micro-ônibus de todo o estado vão garantir a participação dos estudantes mineiros.

    GOIÁS
    O congresso aguarda um ônibus da capital do estado.

    DISTRITO FEDERAL
    Um ônibus da ocupação que derrubou o reitor ladrão.

    BAHIA
    Dois ônibus vão garantir a presença dos baianos.

    SERGIPE/ALAGOAS
    Um ou dois ônibus vão trazer os delegados de Sergipe e Alagoas.

    RECIFE
    Estudantes firmes na batalha pela garantia do seu ônibus no Congresso.

    RIO GRANDE DO NORTE
    Estudantes se preparam para pegar a estrada num ônibus e marcar presença no Congresso.

    CEARÁ
    Comitê pela organização do Congresso garantindo a presença de um ônibus do estado.

    PARÁ
    Um ônibus confirmado e segue a batalha pelo segundo ônibus dos estudantes Pará.

    Post author Secretaria Nacional de Juventude do PSTU
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