Programa da Frente deve recusar planos de ajuste e defender a ruptura com a União Europeia, para construir um planos de resgate para os trabalhadores.Pesquisas eleitorais mostram a possibilidade de uma vitória do Syriza nas eleições do dia 17. Por isso, há uma proposta de se criar uma Frente da Esquerda, encabeçada pelo Syriza, com o KKE, a Nova Esquerda e todos outros grupos de esquerda que ficaram fora do Parlamento, como o Antarsya.

A responsabilidade de todas as organizações da esquerda grega – a começar pelo Syriza – perante os trabalhadores e o povo adquire uma dimensão histórica. Em suas mãos está a opção em consumar a vitória diante da Troika, conquistada no dia 6 de maio.
Os trabalhadores e o povo precisam impulsionar a conformação desta Frente para que ela se organize com base em um programa de ruptura com a Troika, de rejeição ao memorando e por um verdadeiro plano de resgate dos trabalhadores e do povo.
Um governo da esquerda provocaria uma crise no conjunto dos governos do euro, abriria melhores condições para a luta e contaria, sem dúvida alguma, com a simpatia e o respaldo de milhões de trabalhadores de toda Europa.

As atitudes da direção de Syriza não aceitando, com justa razão, o memorando, mas alentando a falsa ilusão de que a Troika aceitará a rejeição do mesmo sem expulsar a Grécia do Euro; defendendo medidas, mais do que justas, como a suspensão do pagamento da dívida, mas sem alertar que defender esta opção até suas últimas consequências leva à ruptura com a União Europeia, geram críticas e desconfianças reais no resto da esquerda sobre se o Syriza se manterá firme ou acabará cedendo às pressões da Troika.

No entanto, essas legítimas desconfianças e a exigência de firmeza ao Syriza quanto à rejeição ao memorando e à aplicação de um verdadeiro plano de medidas anticapitalistas, não podem servir de desculpas para negar a imperiosa necessidade de unir as forças de toda a esquerda opositora em torno da rejeição ao memorando e na necessidade de um plano de resgate dos trabalhadores e do povo. Por essa razão não se pode compartilhar da política da direção do KKE, que se nega a realizar esta unidade e aponta como única perspectiva o voto nos comunistas.