A crise política envolvendo Renan Calheiros (PMDB) levou à paralisia do governo. Durante meses, Lula e a base aliada empreenderam todos os esforços para salvar o mandato do ex-presidente do Senado. Com a crise relativamente superada, o governo passa, agora, à ofensiva. Negocia a prorrogação da CPMF e dá seqüência a ataques aos trabalhadores.

Em Brasília, o Fórum Nacional da Previdência encerrou seus trabalhos sem alarde. Apesar da crise e da ausência de acordos, o ministro Luiz Marinho afirmou que o próprio governo encaminhará um projeto de reforma.
Como se isso não bastasse, o projeto de “reconhecimento” das centrais introduz elementos originalmente contidos na reforma Sindical. Paralelo a isso, outro obscuro projeto no Congresso reformula a CLT, podendo acabar silenciosamente com direitos históricos dos trabalhadores.

Nas universidades, o governo, com apoio das reitorias, tenta impor o Reuni, nova versão da reforma universitária. O Reuni visa precarizar ainda mais o ensino superior, acabando com a pesquisa e transformando as instituições em enormes “colégios”.

É preciso responder a esses ataques. Os trabalhadores da França mostraram o caminho, apostando na unificação e na mobilização de diferentes setores contra os ataques neoliberais.
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