No dia 30 de março, mais de 2.500 trabalhadores em Educação de Santa Catarina reuniram-se em uma assembléia estadual e confirmaram o que já vinha sendo indicado nas assembléias regionais, na semana anterior.
A categoria não aguenta mais propagandas sobre as “enormes” melhorias da educação do governo do estado, com distribuição populista de kits de material escolar e uniformes com propaganda do governo. Em vez de salário real, os educadores recebem abonos, e um piso´ de R$ 409 no início do plano de carreira. É por isso que o estado de greve da categoria foi aprovado quase que por unanimidade.
O estado de greve prossegue até o dia 26 de abril, dia de paralisação nacional das escolas, quando realizar-se-á outra assembléia estadual para votar o indicativo de greve, no caso de respostas negativas do governo sobre as reivindicações. Além da incorporação dos R$ 200 de abono (que garantiria um piso ainda baixo, de R$ 609) os trabalhadores exigem do governo a equiparação do piso aos demais servidores do estado, atualmente em R$ 760 sem prejuízo ao plano de carreira específico. Também lutam por eleições diretas para diretor, plano de saúde extensivo para todos e a defesa dos empregos de serventes, vigias e merendeiras das escolas, ameaçados de terceirização e conseqüente perda de vários empregos com diminuição do salário.
Após a assembléia, que diga-se de passagem realizou-se no interior do estado, na cidade de Curitibanos, realizou-se um grande ato com os presentes e com a colaboração dos companheiros de várias ocupações do MST e MAB da região Oeste do estado. Durante duas horas ficaram fechadas as duas mais importantes estradas da região, demonstrando assim toda a disposição de luta da categoria que já afirmou com todas as letras: se o governo não nos atender só a greve há de resolver.