Os trabalhadores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça, dia 1° de julho. A greve é uma resposta a uma série de ataques o ao descaso da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e do governo Lula e vem surpreendendo a empresa pela força do movimento.

A ECT vêm protelando o pagamento do adicional de risco de 30% aos carteiros, querendo implantar um PCCS (plano de cargos e carreira) com um tal de cargo amplo, que visa explorar ainda mais a categoria e impedindo a progressão funcional. A empresa está transformando o trabalhador em um multifuncional (o funcionário pode ser carteiro, atendente etc..) e aumentando as ameaças de demissão. O governo quer dar poder aos gerentes (indicados pelas cúpulas do PMDB, PT e PCdoB) para demitir o funcionário que seja avaliado negativamente por duas vezes. A empresa também não reviu o pagamento da Participação dos Lucros, que beneficiou os altos salários da empresa. Os trabalhadores lutam para que se pague valor igual para todos sem submeter-se as metas da empresa.

Diante desses ataques, a categoria está em luta. Apesar de a Federação ser majoritariamente dirigida por governistas (CUT e CTB) eles ainda não conseguiram impedir a greve devido a forte radicalização da base. A oposição Conlutas, que foi a segunda força do Conselho de representantes da FENTECT, teve fator decisivo na aprovação do plano de lutas para enfrentar esses ataques do governo.

No segundo dia, a adesão cresceu e já são mais de 23 estados em greve, além do Distrito Federal. A empresa, surpreendida com a força do movimento, tenta fazer refluir a luta, ameaçando cortar o ponto dos grevistas. Os trabalhadores, indignados, respondem com a ampliação da greve e exigem de Lula que cumpra o que prometeu e atenda as reivindicações da categoria. No Paraná, os carteiros foram exigir de Lula (quando o mesmo passava pelo estado) que cumprisse o que prometeu. Quando fechávamos esse informe, a empresa chamava os trabalhadores para uma reunião de negociação.

O PSTU está participando ativamente da greve apoiando essa justa luta dos ecetistas e se somando a exigência de que Lula cumpra com o acordo e suspenda imediatamente as ameaças aos grevistas. Para os militantes do partido na categórica, não é possível ter nenhuma ilusão com esse governo, e confiar apenas na força da greve.