Teresina tremeu nos últimos dias, diante da indignação de centenas trabalhadores e jovens que saíram às ruas para protestar contra mais um aumento das tarifas de ônibus. Assim como os demais brasileiros, os teresinenses sofrem o drama dos congestionamentos constantes, ônibus superlotados, ausência de paradas com proteção adequada (em determinadas épocas do ano a temperatura atinge os 40 graus), ausência de linhas em muitos locais da cidade, frota envelhecida, passagem cara e muitos outros problemas.
O prefeito Elmano Ferrer (PTB), em sintonia com o SETUT (sindicato dos empresários do setor de transporte) anunciou um aumento de 16% nas tarifas. A passagem pode sair de 1,90 para 2,20 a qualquer momento. Um verdadeiro assalto à população de teresinense!
Enquanto isso, o salário mínimo aumentou 5% e os salários dos trabalhadores rodoviários tiveram incremento de apenas 8%. Diante do anuncio público do aumento, os movimentos sociais se articularam e formaram o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, unificando entidades do movimento sindical, popular e estudantil.
Já ocorreram dois atos, sendo que o último, nessa segunda- feira, 28 de junho, contou com a presença de mais de 700 pessoas que saíram em passeata pelas principais avenidas da cidade até a prefeitura. A CSP-Conlutas e a ANEL estão participando efetivamente das mobilizações.
Segundo o militante Gisvaldo Oliveira, dirigente da CSP-Conlutas no Piauí, “nós da CSP nos colocamos contra qualquer aumento da passagem, pois Teresina conta com uma das passagens mais caras do país, e em contrapartida, um dos piores sistemas de transportes. Queremos dialogar com a população sobre a necessidade da criação de uma Empresa Municipal de Transportes coletivos sob o controle dos trabalhadores. Só assim o sistema atenderá aos interesses da população e não dos grandes capitalistas da cidade”.
O Fórum se reuniu nesse dia 28 e aprovou uma nova manifestação para sexta-feira, dia 1º de julho. A concentração ocorre na praça do colégio Liceu piauiense, a partir das 8h da manhã.