Quando uma criança morre num hospital público por falta de atendimento, você precisa saber que só o Itaú distribuiu aos seus acionistas a bagatela de R$ 27 bilhões em 2017. A maior parte do lucro dos bancos vem das negociatas com os títulos da Dívida Pública, dinheiro que deveria salvar vidas e educar os filhos dos trabalhadores.

Pelo menos 40% dos lucros dos bancos vem do dinheiro que deveria servir para retirar da miséria e da desnutrição milhões de crianças, garantir escola e vida digna a elas.

Durante a nossa campanha, perguntam-me como vou manter a Previdência pública e aplicar nosso programa se o país está quebrado. Ora, para os donos do Itaú, do Bradesco, do Banco Safra, os donos da Globo, assim como os grandes empresários, o país não está quebrado. Vai muito bem, obrigado! Eles estão nadando em dinheiro.

Quem está quebrado são os 77 milhões de desempregados e subempregados. Quem está quebrado são os quase 45 milhões de brasileiros que recebem menos do que um salário mínimo por mês. Quem quebra o Brasil são os 5% dos mais ricos que concentram uma renda equivalente à dos outros 95% da população.

As mesmas famílias que dominam o nosso país desde a escravidão não se importam em quebrar o país desde que continuem bilionárias, aliadas às multinacionais para roubar nossas riquezas.

O problema não é a falta de dinheiro, mas com quem está o dinheiro. Quem governa o país são os grandes bancos e as grandes empresas nacionais e multinacionais. E os políticos que eles financiam.

O que propomos é simples. É atacar os interesses dos grandes bilionários que ganham com a exploração. É acabar com essa dívida pública fraudulenta para termos recursos suficientes para atender às necessidades da maioria do povo trabalhador.

Vamos começar com a suspensão do pagamento da dívida pública e realizar uma auditoria para colocar na cadeia todos os que roubaram o dinheiro do Orçamento.

“Mas por que a senhora quer estatizar os bancos?”, perguntam. Eu digo que são parasitas, que pagam salários de fome, que vivem da miséria alheia. Quando você não chega ao fim do mês com dinheiro e atrasa a fatura do cartão, eles te cobram 436% de juros. R$ 1 mil vira uma dívida de R$ 10 mil.

Por isso, nos últimos 16 anos, o lucro dos bancos cresceu 598%! Isso é roubo acobertado pelos governos que eles ajudam a eleger e pela corrupção.

É por isso que eles não sou convidada para os debates na TV. E é por isso que defendemos uma rebelião dos de baixo contra esses urubus que estão nos esfolando vivos.

Somos nós, as trabalhadoras e os trabalhadores, que geramos, com nosso suor e sangue, toda a riqueza deste país. Temos mais do que o direito de usufruí-la. Geramos os lucros dos patrões e os impostos que vão parar nos cofres do governo, que sai pelo ralo, direto para os bolsos de banqueiros e grandes empresários. Está na hora de dizer chega!

Suspender o pagamento desta dívida mentirosa e estatizar os bancos é o mínimo que podemos fazer para termos empregos, escolas e saúde e para acabar com o genocídio da juventude negra.

Você não vai ouvir isso da boca de nenhum outro candidato, porque não querem que você saiba a verdade. Vão discutir as besteiras de sempre, vão montar um circo e, depois, serão os trabalhadores que continuarão pagando a conta.

Tomaremos todas as medidas para que a maioria do povo saia da pobreza e do desespero em que padece. Dinheiro para isso há de sobra. Basta tomar algumas medidas:

  • Anular todas as reformas do governo Temer.
  • Suspender o pagamento da dívida interna e realizar uma auditoria.
  •  Proibir a remessa de lucros das multinacionais (R$ 25 bilhões).
  • Cobrar a dívida de impostos e da Previdência das grandes empresas.
  • Acabar com as isenções fiscais a grandes empresas.
  • Estabelecer o salário mínimo de R$ 4 mil, que é o que uma família necessita, e aumentar as aposentadorias.
  • Confiscar os bens de corruptos e corruptores e cobrar a dívida que devem ao Estado.
  • Mobilizar o povo trabalhador para expropriar as 100 maiores empresas, o que inclui todos os bancos, que serão estatizados sem indenização e passarão para o controle dos trabalhadores.

Vera é candidata a presidente da República pelo PSTU

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