Os servidores estaduais vão reagir! Em nota, a Coordenação Nacional de Lutas repudia as demissões e chama à luta unitária pela reintegraçãoO governador José Serra, depois de ter sido derrotado na última tentativa de privatização das universidades pela greve dos estudantes da USP, agora tenta privatizar o Metrô e ataca os metroviários, demitindo 61 trabalhadores. Entre eles, estão diretores de base do sindicato e membros das chapas que estão concorrendo à diretoria da entidade nas próximas eleições, sob a alegação de que esses tiveram baixo rendimento.

Serra, apoiado no debate sobre a lei de greve que o governo Lula quer impor ao funcionalismo, já põe em prática uma lei que nem sequer foi votada. As demissões, além de serem uma represália a greve de dois dias pelo aumento do valor e pela distribuição igualitária da PR (participação nos resultados) entre todos os trabalhadores, cumprem outros objetivos.

Para satisfazer aos interesses dos empresários, Serra quer a privatização dos serviços públicos de São Paulo. As conseqüências dessa política já puderam ser vistas com a tragédia do “Buracão do metrô”, em Pinheiros. Até hoje as famílias atingidas não foram ressarcidas dos prejuízos.

O desastre do avião da TAM é outro exemplo. O governador liberou a pista para a aeronave pousar e, agora, querem culpar o piloto que não pode se defender, pois está morto. O mesmo acontecerá com o Metrô caso Serra seja vitorioso nessa luta. O bom serviço prestado pelos metroviários acabará, e o sucateamento desse serviço colocará a população em risco.

O ataque aos metroviários tem de ser respondido de forma unitária pelo conjunto do funcionalismo estadual e pela população que sofre com as conseqüências das privatizações do serviço público. O governador já mandou recado ameaçando os professores, que têm greve marcada para o dia 24 de agosto.

Serra não reagiu com a mesma dureza contra os corruptos do CDHU. Não o fez porque esses são do seu partido.

Nós, da Conlutas, repudiamos as demissões e faremos tudo que tiver ao nosso alcance para ajudar os metroviários a revertê-las.

Fazemos um chamado a todas as entidades e demais centrais e partidos de esquerda a construirmos uma luta unitária contra mais esse ataque do exterminador José Serra.