O ato unificado convocado pela Conlutas, CUT e MST em Sergipe reuniu cerca de 500 pessoas no final da manhã do dia 23. Desde cedo, porém, trabalhadores rurais ligados ao MST bloquearam dois trechos da rodovia BR-101 (Itaporanga e Japaratuba), da rodovia 230 (Poço Redondo), da rodovia 245 (Malhador) e a Linha Verde (Bahia-Sergipe) na altura do município de Indiaroba.

Em petroleiros, após iniciativa do Sindipetro AL/SE, os trabalhadores de duas das quatro principais unidades da Petrobras no Estado resolveram paralisar suas atividades durante todo o dia, na Fafen e na sede da UN-SEAL.

A passeata conjunta percorreu ruas e avenidas da capital Aracaju e contou com paradas simbólicas na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), INSS e Assembléia Legislativa. Na DRT, a Conlutas reiterou a sua posição contrária à Emenda-3 e ao projeto de Super-Receita do governo e do Congresso Nacional, denunciou os efeitos nefastos da reforma trabalhista que visa retirar o 13º, as férias, a licença maternidade e outros direitos conquistados pela classe trabalhadora.

Em frente ao prédio do INSS, os ativistas desmascararam a campanha patronal que vem realizando a Rede Globo em defesa da reforma da Previdência e o teor desse projeto que visa elevar a idade mínima de aposentadoria para garantir o pagamento da dívida externa ao FMI.

Os professores da rede estadual, que estavam em vigília em frente à Assembléia Legislativa, foram saudados pelos manifestantes, que prestaram solidariedade à luta contra o projeto rebaixado de restituição do Funaserpe e o reajuste de miséria oferecido pelo governador Marcelo Déda do PT. Em assembléia no dia de ontem, eles decidiram paralisar as atividades até o próximo dia 25.

Estiveram no ato, além da Conlutas, CUT, MST, Sindipetro AL/SE, Senalba, Sintes, Sindicagese, Adufs, DCE-UFS, Sintese, Sindiprev, Situfs, entre outras entidades.