O seminário “ALCA e luta sindical de resistência: perspectivas para 2002”, realizado no domingo de manhã, abordou as conseqüências da implantação da ALCA sob a ótica dos trabalhadores.
Entre todos os palestrantes foi consenso a necessidade da realização de uma campanha internacional que repudie a implantação da ALCA,culminando no plebiscito que está sendo convocado para setembro sobre o tema.
A presença de palestrantes do México e dos EUA permitiu uma explanação sobre as conseqüências da implantação do NAFTA (acordo comercial entre EUA, México e Canadá) para os trabalhadores dos países envolvidos. Entre elas, o aumento do desemprego e a redução de direitos sob a ameaça de mudança das unidades fabris para outros países.
Um dos palestrantes, Luiz Carlos Prates, o Mancha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região relacionou a implantação da ALCA com o processo de recolonização da América Latina pelo imperialismo norte-americano. “A recolonização se dá em três níveis: econômico, político e militar”, afirmou Mancha.
O seminário, promovido pela Rede de Solidariedade Internacional, contou com a presença de cerca de 200 pessoas.
A mesa foi composta por Antonio Vital Galicia da Aliança dos Trabalhadores da Saúde, do México; Emanuel Melato, metalúrgico de Campinas, vice-presidente da CUT SP e presidente da FENAM (Federação Nacional dos Metalúrgicos da CUT – Democrática e Combativa); Luiz Carlos Prates, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e tesoureiro da FENAM; e Ron Lare, metalúrgico da Ford de Detroit e dirigente da UAW, dos Estados Unidos.