Ato que irá marcar os 10 anos da desocupação do Pinheirinho será realizado no próximo dia 22
Redação

Partidos políticos, entidades sindicais e organizações de movimentos sociais atenderam ao chamado do PSTU e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (CSP-Conlutas) e participaram hoje da reunião, via plataforma Google Meet, que debateu a organização do ato que marcará os 10 anos da desocupação do Pinheiro. A manifestação será realizada no próximo dia 22, às 10 horas, em frente ao terreno da antiga ocupação, na zona sul da cidade.

Estiveram presentes na reunião 44 pessoas das seguintes organizações: PSTU, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, CSP-Conlutas, PCB, MES/PSOL, Resistência/PSOL, mandato do deputado federal Ivan Valente (PSOL), mandato da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL), Luta Popular (Ocupações Queixadas, Esperança, Jardim União, Capão Redondo), Juventude Rebeldia, Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba (ADMAP), Movimento Mulheres em Luta (MML), Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Campos e Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Vale do Paraíba.

Entidades que não participaram da reunião, mas informaram que se incorporarão ao ato: PCdoB, Sindicato dos Trabalhadores Químicos, Unidos pra Lutar, Luta Socialista/PSOL e Central de Movimentos Populares (CMP).

Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos e advogado que atuou junto às famílias desde o início da ocupação, em 2004, na fala de abertura da reunião, relembrou o massacre realizado pelos governos do PSDB, então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do então prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury.

“Foi um processo de desocupação violenta, que resultou em duas mortes. Aconteceu um levante nos bairros vizinhos, um grande processo de resistência e solidariedade de classe. No mesmo dia, aconteceu um ato na Avenida Paulista.

Semanas depois, outro ato com cinco mil pessoas, com a presença de artistas – Emicida, GOG e outros”, ressaltou Toninho.

“São 10 anos de um acontecimento histórico, não podemos esquecer. Sabemos da vida difícil nas ocupações, da luta por vida digna contra a ‘sagrada’ propriedade privada. Essa luta resultou na conquista de casas. É exemplo de luta que precisa ser contado, servindo de exemplo para outras ocupações”, pontou Toninho.

O presidente do PSTU de São José dos Campos destacou a importância da construção de ato unitário, que reúna todas as organizações que apoiaram essa luta e que apoiam a luta por moradia.

Encaminhamentos

Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, apresentou as propostas de encaminhamentos. A reunião definiu:

– Formação de um comitê organizativo do ato;
– Divulgação de uma nota política do Comitê;
– Realização do ato no dia 22, às 10 horas, em frente ao antigo terreno da ocupação (Avenida do Imperador, S/N, na Zona Sul de SJC);
– Convite de convocação do ato assinado pelo Comitê;
– Semana de atividades de 16 a 22 para marcar a data, com exposição de fotos na Feira do Colonial, no dia 16; de 17 a 22, exposição fotográfica no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e em outras entidades;
– Ampla divulgação via redes sociais das entidades;
– Divulgação do documentário “Elas Continuam Lutando” na ocupação Coração Valente;
– Manifestações de solidariedade das ocupações populares pelo país no dia 22;
– Próxima reunião dia 19/1, às 17h.