As mobilizações dos estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara, no interior, seguem com o objetivo de resistir aos ataques à universidade pública. Em 2006, a principal luta foi a defesa da moradia estudantil, que a diretoria queria extinguir. Ao mesmo tempo, o movimento estudantil foi ameaçado com punições coletivas para impedir a organização e a mobilização dos estudantes.

No início deste ano, a diretoria concretizou a ameaça e quer punir quatro estudantes – dois deles militantes do PSTU – como responsáveis por uma manifestação ocorrida no dia 15 de março. Mais de 100 alunos protestaram contra a privatização da universidade e a invasão dos bancos através da realização de uma semana de recepção política dos calouros.

A escalada de repressão ao movimento estudantil na Unesp de Araraquara – e em outros lugares – vem crescendo e, neste momento, se expressa claramente como uma política deliberada contra os militantes do PSTU, cujo objetivo é varrer o partido da universidade.

A repressão arquitetada por governos, reitorias e diretorias tem sido um dos principais instrumentos políticos contra o movimento estudantil combativo, que segue resistindo aos ataques à universidade pública.

Frente a essa realidade, os estudantes de Araraquara estão em campanha nacional contra a repressão e em defesa das liberdades políticas de organização e manifestação. Como exemplo estão diversos atos no campus, passagens em sala, abaixo-assinados, moções de repúdio e um manifesto dos intelectuais denuncia esta perseguição política (confira no Portal a adesão dos intelectuais ao documento).
No próximo dia 24 a congregação poderá votar a expulsão dos estudantes. Por isso será realizada uma grande manifestação na cidade. Estudantes da USP, Ufscar, Unicamp e de outras unidades da Unesp estarão presentes fazendo muito barulho contra a repressão ao movimento estudantil.

Post author Júlia Eid e Tiago de Oliveira , de Araraquara (SP)
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