PSTU-SP
Encerramos o 1º turno das eleições. O PSTU apresentou, através da candidatura de Vera e Raquel Tremembé à Presidência e de Altino e da Professora Flávia ao governo de São Paulo, um programa socialista que defendia ser necessário tirar dos bilionários para garantir as necessidades básicas do povo trabalhador.
Agradecemos àquelas e aqueles que nos apoiaram e votaram em nossas candidaturas.
No 2º turno, para derrotar Bolsonaro e Tarcísio, votaremos em Lula e Haddad. Chamamos todos os estiveram conosco no 1º tuno a fazer o mesmo.
Votaremos contra Bolsonaro porque ele defende um projeto autoritário e a restrição das já escassas liberdades democráticas que existem para o povo trabalhador, os pobres e setores oprimidos como os negros, mulheres, LGBTIs e indígenas.
Bolsonaro é o principal responsável pelos quase 700 mil mortos de Covid no país, pelo aumento da fome, do desemprego galopante, da destruição ambiental e do caos social que vive o Brasil. Tarcísio de Freitas, um desconhecido do povo paulista, reivindica o legado de Bolsonaro e pretende aplicar aqui em São Paulo o mesmo projeto autoritário e de ataques aos direitos.
Nosso voto em Haddad e Lula é crítico porque não acreditamos que o projeto de governo do PT, em aliança com banqueiros e políticos burgueses como Alckmin, resolverão os problemas dos mais pobres. Ao contrário, a trajetória de Haddad está marcada pela privatização do sistema de ensino federal, pela criação do projeto de Parcerias Público Privadas que é usado para privatizar serviços públicos e pela repressão às mobilizações de junho de 2013. Durante a campanha eleitoral ele seguiu defendendo esse mesmo projeto de governo.
Em São Paulo, após derrotar Tarcísio, seguiremos apostando na organização independente dos trabalhadores para lutar por pautas que Haddad não vai querer assumir:
– Várias grandes fábricas estão fechando e demitindo milhares de trabalhadores no estado, após anos de exploração e lucros bilionários. Defendemos que as empresas que fecharem e demitirem em massa sejam estatizadas e colocadas sob o controle dos trabalhadores.
– Anulação das versões estaduais da Reforma da Previdência, da Reforma Administrativa e de todas as reformas que retiram direitos.
– Nenhuma nova privatização. Reestatização de empresas e serviços públicos a começar por todo o sistema metro-ferroviário e pelas parcerias com empresas privadas no saneamento, educação e saúde.
– Tarifa zero em todo sistema de transporte público estadual.
– Despejo Zero! Não mais Pinheirinhos! Em 31 de outubro se encerra o prazo do STF para que não haja despejos de ocupações urbanas em razão da pandemia. Defendemos que o estado não realize nenhum despejo, ao contrário, tenha política de regularização fundiária e urbanização das ocupações já existentes.
Até o dia 30 de outubro é preciso arregaçar as mangas e fazer campanha para derrotar eleitoralmente Bolsonaro e Tarcísio, sem com isso depositar confiança em um futuro governo petista. Votaremos em Lula e Haddad contra o projeto autoritário e ultraliberal de Bolsonaro e Tarcísio, mas não seremos base de apoio dos governos petistas. Caso ganhem as eleições seremos oposição desde o primeiro dia e continuaremos a luta pela construção de uma alternativa socialista e revolucionária para o país, que exproprie a riqueza dos bilionários parasitas que enriquecem com o aumento da miséria do nosso povo.
