Professores da rede estadual de São Paulo entraram em greve por tempo indeterminado no dia 24. Os professores estão parados contra o projeto de Alckmin que prevê milhares de demissões.

O projeto tramitava na Assembléia Legislativa em caráter de urgência e alterava o regime para contratação temporária dos professores ACT’s (Admitidos em Caráter Temporário), prevendo que ela seria permitida apenas por um prazo de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Depois disso, o servidor teria que ficar afastado por pelo menos dois anos até poder ser recontratado. Na prática, o projeto demitiria os 120 mil temporários.

O governador teve que retirar o projeto no dia 5 de outubro, quando 30 mil professores tomaram as ruas e ameaçaram com a greve. Porém, Alckmin pode reapresentá-lo a qualquer momento.

Depois do ato vitorioso, a diretoria da Apeoesp, formada majoritariamente pela Articulação e ArtNova, além do PCdoB, deu um golpe na categoria, desmarcando uma assembléia que seria realizada no dia 11.

No dia 14 houve um novo ato que, por pressão da Oposição Alternativa e de outros setores, se transformou em assembléia. Naquele dia, deliberou-se que, se o governo não desse uma resposta definitiva sobre a desistência do projeto até o dia 21, os professores entrariam em greve por tempo indeterminado.

Foi o que ocorreu. Também foi aprovada uma nova assembléia para o dia 27 que seguirá em passeata. Está prevista para essa data uma negociação com o governo. A Oposição Alternativa e os militantes da Conlutas estão à frente das mobilizações, que se enfrentam com a direção majoritária do sindicato.
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