Articulados, desde janeiro, no Bloco de Lutas pelo Transporte Público os estudantes tinham como principal objetivo barrar o aumento da tarifa de ônibus que, anualmente, a prefeitura impõe sobre os trabalhadores. A vitória conquistada por essa luta serviu de exemplo para os jovens de todo país! 
Mas, como um movimento iniciado em janeiro, com pouco mais de uma centena de estudantes, culminou em um grande ato, com cerca de 10 mil estudantes e trabalhadores, no dia 1º de abril?
Há dois fatores que, somados a organização do Bloco, devem ser analisados. O primeiro foi o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE)  sugerindo a redução da passagem para R$ 2,60. Ou seja, enquanto os empresários do transporte pediam o aumento da tarifa para R$ 3,30, o TCE apontava para uma redução desse preço.
O segundo fator é a luta dos trabalhadores rodoviários que, também desde janeiro, se organizavam através de uma luta tocada pela base, contra o sindicato pelego e a patronal. A unidade entre os trabalhadores e a juventude foi um elemento de qualidade para a organização e a luta em Porto Alegre.   
No dia 5 de abril, a luta mostrou que é possível vencer! “A partir de amanhã, a passagem volta a custar R$ 2,85 na cidade! Desde janeiro, sabíamos que isso era possível!” diz Matheus “Gordo” Gomes uma das lideranças do movimento. 
Já no dia 20 de junho, 50 mil manifestantes que foram às ruas se enfrentaram com a faceta mais dura do governo de Tarso Genro (PT); sua polícia fortemente armada que, de forma irresponsável e truculenta, reprimiu o movimento.
Tarso Genro e o prefeito Fortunati (PDT) não mediram forças na repressão aos jovens e aos trabalhadores. Os trabalhadores munidos de sua arma mais forte, a união, carregavam cartazes, faixas, bandeiras e levantaram-se contra opressão e a exploração. 
A luta continua na capital gaúcha. O movimento garantiu que não aumentassem a passagem, porém é possível alcançar a redução para R$ 2,60. Soma-se a essa luta o direito a uma cidade livre da apropriação privada,  incentivadfa pelo pacote de medidas made in FIFA, que pretende adequar a cidade aos turistas e não aos trabalhadores, que produzem a riqueza desse país.
 

Post author PSTU Rio Grande do Sul
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