Professores/as ocupam o pátio da SEMEC, em Teresina | Foto: PSTU-PI
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Os professores e professoras da educação municipal de Teresina, capital do Piauí,  deflagraram greve por tempo indeterminado, em assembleia geral, desde o último dia 02. A categoria é conduzida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina — SINDSERM, filiada à CSP-Conlutas.

Segundo o professor Gervásio Santos, do Comando de Greve e militante do PSTU, a greve tem uma pauta extensa. Traz, por exemplo, a denuncia de desvios de recursos públicos na gestão do prefeito José Pessoa (PP), a falta de estrutura nas escolas — bebedouros quebrados, ar condicionados queimados e escolas integrais sem infraestrutura alguma —, o descumprimento do piso do magistério (passivo trabalhista de 2022 e atualização de 2023) e os recorrentes atrasos, nos últimos três meses, na folha de pagamento.

Logo na primeira semana de greve, os/as educadores/as municipais ocuparam o pátio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), e realizaram um ato de protesto contra o prefeito e o secretário de educação, Nouga Batista, que vem perseguindo os/as ativistas com processos administrativos, no intuito de intimidar a categoria.

“Após mais de 200 dias de greve no ano passado, a categoria conseguiu ganhos econômicos e a reabertura dos processos de mudanças de níveis. Porém, nesse ano de 2023, fomos surpreendidos com uma política de perseguições e intimidações por parte da prefeitura e da SEMEC. Vários ativistas, que estavam na greve de 2022, receberam em suas casas intimações para responder processos administrativos de abandono de emprego, relativos aos dias que estávamos em greve. Eu mesmo fui um que recebeu uma dessas intimações”, denuncia o professor Gervásio.

“Contudo, a categoria segue forte na greve. O comando de greve segue mobilizando. A disposição dos professores/as é de só sair da greve quando conquistarem sua pauta de reivindicações”, finaliza Gervásio.

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