Protesto é vitorioso e categoria reage à pressão da SecretariaOs trabalhadores em Educação da cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa, deram uma demonstração de luta e disposição nesta quarta, dia 18 de fevereiro, paralisando totalmente as escolas municipais, atendendo ao chamado do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux (SINTRAMB), filiado à Conlutas.

Os trabalhadores compareceram ao ato público em frente ao prédio da Secretaria de Educação, apesar de todas as pressões e ameaças de corte de ponto que a secretaria e os diretores e diretoras de escolas fizeram todo o dia anterior a paralisação. A mobilização e a presença constante do sindicato nas escolas mostrando que a Prefeitura tem condições de atender a principal reivindicação da categoria fizeram com que esta rechaçasse as ameaças e fosse às ruas, dando uma resposta à altura.

A principal reivindicação da categoria é a implantação do Piso Salarial Nacional do Magistério e a aplicação da Resolução 03/97, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que diz que um profissional da educação com formação de nível superior deve ganhar 50% a mais que um profissional de nível médio. “Vários municípios espalhados pelo país cumprem esta Resolução do CNE, mas as sucessivas administrações municipais daqui têm o péssimo hábito de descumprir, flagrantemente, a legislação, seja ela nacional, estadual e, ás vezes, até mesmo a municipal. A categoria não agüenta mais tanto desrespeito e decidiu ir à luta pra fazer valer o seu direito, tendo agora o Sindicato organizando esta luta”, afirmou Antonio Radical, presidente do SINTRAMB.

No ato público em frente ao prédio da Secretaria de Educação, Antonio Radical mostrou aos trabalhadores e trabalhadoras da educação de Bayeux os dados do FUNDEB que mostram que a Prefeitura pode atender à reivindicação da categoria. Entre dezembro de 2008 a janeiro de 2009, houve uma variação para mais no FUNDEB de Bayeux da ordem de 44,08%. “Há condições de a Prefeitura atender nossa reivindicação, o que falta é vontade política”, afirmou Radical.

O final do ato foi em frente ao prédio da prefeitura, após os trabalhadores e trabalhadoras saírem em passeata. No local, o presidente do Sindicato recebeu um telefonema do Gabinete do Prefeito e foi avisado que a direção do Sindicato só poderia ser recebida no início de março.

Apesar disto, a categoria saiu fortalecida, convicta de que esta luta está apenas iniciando e de que é preciso organizarmos mais e melhor para arrancarmos nossa conquista. Todos e todas deram uma salva de palmas à categoria pelas escolas 100% paralisadas no dia 18 de fevereiro e com o peito erguido para os próximos capítulos dessa luta.