Hugo Iglesias

Nesta semana, os homens que são mantidos como presos políticos em Caleta Oliva entraram em greve de fome. As companheiras já haviam começado a greve dias antes, em função das péssimas condições carcerárias.

Esta forma de luta, apesar de justa, é sempre muito perigosa, pois pode levar os companheiros à morte ou a ficarem com seqüelas pelo fato de ficarem muito tempo sem se alimentar. No entanto, a situação desesperadora em que todos se encontram os levou a tomar essa atitude.

O risco que os companheiros e companheiras estão correndo é tamanho que a juíza que está provisoriamente acompanhando a instrução do processo decidiu transferir cinco dos seis presos para o hospital. O único que continua na prisão é Hugo Iglesias.

Este é mais um motivo para intensificar a campanha, pois, se os companheiros ficarem mais tempo presos, as conseqüências serão imprevisíveis.

Cresce a campanha na Argentina

A mobilização em defesa dos presos políticos continua crescendo. Em 9 de novembro, foi realizado um grande ato em Buenos Aires, reivindicando a liberdade dos presos políticos de Caleta Oliva, o fim da repressão e dos processos contra os lutadores sociais.

A manifestação foi convocada por deputados, organizações de direitos humanos, sindicatos e partidos de esquerda. Nessa mesma data, os deputados apresentaram um projeto de lei no Congresso contra a criminalização dos protestos sociais que já tem assinaturas de 40 deputados, incluindo parlamentares peronistas, radicais e ligados a Kirchner.

ATO PÚBLICO
Quinta-feira, dia 11 às 19h na Câmara Municipal de São Paulo

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