A Conlutas esteve nos protestos de Mar del Plata. Luiz Carlos Prates, o Mancha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José Campos, fez parte da delegação que foi à Argentina.Como foram as manifestações na Argentina?
Mancha Elas ocorreram em Mar del Plata, local da Cúpula da OEA, mas também em toda a Argentina, como em Buenos Aires, que foram combinadas com paralisações parciais do transporte e da educação. O que se viu foi o repúdio da população argentina à visita do Bush e à realização daquela conferência, visto em milhares de cartazes e pichações contra o imperialismo.
No local da Cúpula, houve pela manhã diversas manifestações. A principal foi organizada pela CTA e pela Cúpula dos Povos das Américas, que contou com 40 mil pessoas e com a participação de Maradona e Perez Esquivel (prêmio Nobel da Paz).
Infelizmente, não houve uma manifestação conjunta que reunisse todos que estavam contra Bush. Houve outro protesto à tarde, com os partidos de esquerda, como o PO (Partido Obrero), MST, PTS, e demais agrupamentos. A FOS (Frente Obrera Socialista), partido irmão do PSTU na Argentina, participou das duas passeatas.
Essa manifestação reuniu cinco mil pessoas, que foram até o local em que se realizava a Conferência da OEA. Como havia muitos policiais impedindo a aproximação dos manifestantes do local onde estavam os chefes de Estado, ocorreu um confronto e uma repressão dura pelas forças de segurança.
Como foi a participação do PSTU e da Conlutas nos atos?
Mancha Eu estava representando os metalúrgicos de São José, estava também o Eliseu (judiciários de São Paulo) e o Dalton Santos (petroleiro de Sergipe). Participamos ativamente de todos os atos que aconteceram contra Bush e da Cúpula dos Povos. Tivemos um seminário em defesa das reservas de petróleo e gás da América Latina e contra a criminalização dos movimentos sociais, que contou com companheiros da Argentina e do Paraguai.
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