Na última sexta-feira, dia 24 de novembro, a arena da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG foi palco do evento “A Mulher na Sociedade: Violência e Opressão”.
A programação teve início com um debate reunindo representantes de movimentos sociais feministas, como a Marcha Mundial de Mulheres, o Grupo de Trabalho de Mulheres e GLBTs da Conlutas, o MST e o MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas). Logo após, no horário do almoço, mulheres do movimento Hip Hop se apresentaram, denunciando o machismo e a exploração com rap, grafite e break. Neste momento, trabalhadoras da limpeza se juntaram aos estudantes e denunciaram a opressão dentro da universidade. A atividade terminou com a exibição e debate sobre o filme Terra Fria, que retrata a situação das primeiras mulheres norte-americanas a trabalhar como mineiras.
O evento reuniu muitas ativistas em sua organização, o que possibilita agora o fortalecimento do Coletivo de Mulheres da UFMG, que discuta e elabore um programa para as mulheres da comunidade acadêmica e envolva as entidades do movimento estudantil. As mulheres na UFMG não contam com nenhuma política especifica de assistência estudantil, dificultando a sua permanência na universidade, não há uma política de acesso à saúde pública para funcionárias, alunas e professoras a exemplo de outras universidades e na moradia não é permitido alunas e alunos com filhos. Existem denúncias de casos de estudantes que foram expulsas da Moradia por terem engravidado. Outro problema é que a creche da UFMG cobra uma mensalidade que varia de R$ 270 a R$ 400 pelo meio período. Ainda assim, a FUMP, fundação privada que “presta” assistência estudantil através da cobrança de uma taxa, oferece uma irrisória bolsa de R$ 150 a apenas 22 estudantes.
A atividade foi organizada pelo DA FAFICH, a CONLUTE e Coletivo de Mulheres da UFMG, com o apoio do DAMAR, DA Farmácia, DANUT, NEPEM, o comuniCA e o DA Engenharia.
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