No dia 28 de março, cerca de 150 famílias ocuparam um terreno no Jardim Feital, cidade de Mauá, no ABCD paulista. No dia seguinte, 29, já passava de 500 o número de famílias no terreno.

Este terreno tinha dívidas de IPTU com a prefeitura, como muitos nas grandes cidades do país. Centenas de famílias, fugindo dos aluguéis caríssimos e da moradia na rua, se organizaram em torno ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Logo no início da semana, o proprietário pediu a reintegração de posse que foi concedida pela Justiça. A coordenação do movimento iniciou negociações com a prefeitura de Mauá para garantir banheiros químicos e água potável. Esta prometeu, mas não cumpriu. Em seguida, começou uma campanha na imprensa local contra a ocupação.

No final da semana, porém, em negociações entre proprietário, MTST e comando da policia, chegou-se a um acordo de possível compra do terreno, já que o proprietário está disposto a vendê-lo. Assim, a reintegração de posse foi suspensa por 30 dias.

“Foi uma vitória parcial do movimento e das famílias, mas precisamos permanecer alertas”, diz a advogada do movimento e militante do PSTU Eliana Ferreira.