As denúncias sobre violências cometidas e acobertadas pelas tropas de ocupação do Haiti lideradas pelo Brasil começam a provocar reações. Nesta semana, entre os dias 3 e 9 de abril, 15 representantes de organizações de vários países estarão no Haiti para participar de uma Missão Internacional de Investigação e Solidariedade. Entre eles, estarão o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, e uma representante do grupo Mães da Praça de Maio Linha Fundadora.
O objetivo é observar a atual situação do povo haitiano, no contexto de sua luta pela autodeterminação e por uma vida digna. O centro das investigações será o descumprimento dos direitos humanos e a situação de impunidade, além da defesa dos direitos econômicos, sociais e culturais da população.
O comunicado do Jubileu Sul, que encabeça a missão, descreve a situação do Haiti, dizendo que no marco da profunda crise política, econômica e social que sofre esse país irmão, faz um ano que o Haiti experimenta também esta nova intervenção de tropas militares estrangeiras. A Minustah foi muito criticada e nas últimas semanas sofreu suas primeiras baixas em meio a uma tensão política crescente e violência paramilitar no país.