Encontro indígena organizado pela CSP-Conlutas em 2021 | Foto: CSP-Conlutas
Roberto Aguiar, de Salvador (BA)

O encontro Ximugàn Zanerekohaw (Tecendo Resistência) será realizado nos próximos dias 18 e 19, em São Luis (MA) e tem o objetivo de promover um espaço de união e debate entre diferentes povos indígenas. Organizado pelo Instituto Ximugàn Zanerekohaw e o Povo Indígena Tremembé do Engenho, com o apoio da CSP-Conlutas e do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom), o evento vai discutir os direitos originários e constitucionais dos povos indígenas.

De acordo com Raquel Tremembé, integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, a iniciativa é consequência do último encontro de povos Guajajara e Tremembé, realizado em novembro de 2021, frente à necessidade de estender as discussões dos assuntos que impactam a vida dos indígenas e a construção de redes de apoio.

“É como se fosse uma grande teia. A ideia é promover todos os anos. A expectativa é de levar o máximo de conhecimento e também poder aprender com essas diversas trocas. Nossa luta se faz todos os dias e a resistência se tece junto com ela. Esses momentos são de partilha e comunhão, mas também de fortalecimento”, pontua.

Programação

O primeiro dia do evento será sediado no Sindicato dos Bancários (Rua do Sol, 413, Centro, São Luís (MA). No dia seguinte, a programa será desenvolvida no Território Tremembé, Aldeia Engenho, na cidade de São José de Ribamar (MA).

A programação conta com debates e palestras a respeito de temas que envolvem a vida e a luta dos povos indígenas: marco temporal das demarcações de terra e o desmonte da Funai orquestrado pelo governo de Jair Bolsonaro. Também, haverá um momento para se debater demandas específicas de cada etnia presente no encontro.

Será realizada uma trilha pelo território Tremembé e debates sobre saúde indígena, gestão participativa de comunidades e a importância dos saberes ancestrais.

“O encontro também tem o intuito de promover estratégias de luta pra enfrentar todos os ataques que vivenciamos diariamente. Precisamos fortalecer as discussões sobre a mobilização nacional indígena que deve ocorrer em junho com o julgamento do marco temporal”, conclui Raquel Tremembé.

Programação – 1º dia (18/02)

Programação – 2º dia (19/02)