O governo pretende leiloar às multinacionais petroleiras o campo de Libra, na Bacia de Campos, com expectativa de reservas de 8 bilhões de barris de petróleo. Esse campo pode ser maior que o de Tupi (que possui de 5 a 8 bilhões de barris).

O primeiro leilão de petróleo do pré-sal pode ocorrer em novembro ou no início de 2011, já sob o regime de partilha. Mas também vai haver entrega em regime de concessão, criado por FHC, de outras áreas.

A sede dos magnatas do petróleo é grande. “Não tivemos leilões nos últimos dois anos, trazendo dificuldades para os investidores”, disse João Carlos de Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Por isso, o dirigente do PCdoB e presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, tem feito todos os esforços para que a 11ª rodada de leilão de blocos de petróleo aconteça até novembro.

O sucesso e enriquecimento empresarial das multinacionais são obtidos não por meio de eficiência, mas de saques de novas jazidas descobertas e desenvolvidas a custo baixo. O que significa salários arrochados e precarização de direitos trabalhistas e sociais.

Por isso, o filé mignon do pré-sal continuará sendo rifado e entregue às chamadas “big oil”, as multinacionais petroleiras que saqueiam o petróleo do Brasil. As atuais “seis irmãs” (ExxonMobil, Total, Royal Dutch Shell, British Petroleum, Chevron e Conoco Phillips) tiveram lucros estratosféricos de 2001 até janeiro de 2009. Foram 656 bilhões de dólares.
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