O país mudou com as mobilizações de junho. Tudo ficou de cabeça para baixo. Mas, na verdade, não mudou nada. A exploração capitalista segue a mesma. Os governos também. 
O que mudou foi que as pessoas saíram às ruas, sentiram sua força. Agora querem saber quais os próximos passos para mudar tudo.
É importante que os ativistas do movimento sindical e estudantil discutam com profundidade sobre o que fazer. Isso começa por discutir aonde se quer chegar. Desde a queda das ditaduras estalinistas do Leste Europeu, a propaganda capitalista tirou o socialismo do horizonte dos trabalhadores. Não existem mais Estados operários que, mesmo sob o controle de burocracias estalinistas, pudessem apontar uma estratégia socialista como alternativa ao capitalismo. O socialismo voltou a ser um programa, uma ideia futura, como antes da Revolução Russa de 1917. 
Agora, a crise impõe uma discussão estratégica. O PT se dedicou a administrar o capitalismo. Hoje encara o justo repúdio das ruas. Queremos resgatar com clareza a estratégia socialista. Não existe alternativa por dentro do capitalismo. O que está ocorrendo é só o inicio dos reflexos da crise econômica internacional no país. 
Não é por acaso que o proletariado europeu, o de maior tradição histórica, ao se levantar contra os duríssimos ataques dos governos, está recolocando em cena a necessidade do socialismo. 
Por outro lado, não basta retomar a defesa do socialismo. Não existe nenhuma possibilidade de chegar ao socialismo por meio das eleições. Todos sabem que as eleições são um jogo de cartas marcadas. O PT e o PSDB disputam entre si as eleições para aplicar o mesmo programa econômico. As grandes empresas controlam o país através desses partidos, e de outros partidos burgueses que forem necessários. 
A única possibilidade de se chegar ao socialismo é por meio de uma revolução. Na verdade, a resposta ao desejo de mudança que vimos nas ruas nesses dias de junho é que o país precisa de uma revolução socialista. 
O PSTU é um partido que defende a revolução socialista. Não foi por acaso que, quando mobilizações de milhões se impuseram nas ruas, surgiram grupos fascistas para atacar nossas bandeiras. Não foi por acaso que a Rede Globo, a Record e o apresentador José Luiz Datena apoiaram a “retirada das bandeiras” do PSTU. A burguesia e os fascistas querem evitar que os partidos revolucionários cresçam neste momento. 
Queremos fazer um chamado aos ativistas do movimento sindical, estudantil e popular: reflitam sobre a alternativa estratégica para o país. Retomem junto conosco a defesa da revolução socialista.
Ajudem-nos a levantar de novo nossas bandeiras socialistas nos atos. Venham construir conosco o PSTU. 
 

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