SINSPREV-SP vai recorrer e avisa que a greve continuaA juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal Cível de São Paulo, determinou nesta terça, 7 de junho, pelo retorno de 60% dos servidores do INSS do Estado de São Paulo ao trabalho. O Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência) vai recorrer da decisão. A categoria está em uma greve nacional, iniciada no dia 2.

Para o Sinsprev, a exigência de manter um percentual mínimo de 60% de atividade já está sendo cumprindo, pois estão trabalhando os procuradores, médicos peritos e fiscais, além do fato de vários serviços poderem ser feitos por telefone ou pela internet. Significa que, para manter os 60% de atividade mínima, não é necessária a presença de 60% dos servidores. Segundo o SINSPREV, a greve não afetou o pagamento dos aposentados e as perícias agendadas estão sendo realizadas ou remarcadas.

É `enrolation’
A greve deflagrada no dia 2 pelos servidores da base da Fenasps e da Condsef luta contra a proposta de “reajuste” do governo de 0,1%. A categoria reivindica reposição emergencial de 18%, índice correspondente às perdas acumuladas no governo Lula, e uma política de recomposição das perdas acumuladas desde 1995, que já somam 150%.

Em São Paulo, o INSS conta com cerca de 8.000 funcionários, que estão distribuídos em 163 agências. Segundos cálculos oficiais, só em São Paulo, 167.875 pessoas deixaram de ser atendidas até o dia 7. Pelos cálculos da Fenasps, a greve atingiu nesta terça 80% da categoria no país, tendo em São Paulo um dos mais altos índices de adesão. A próxima assembléia será no dia 9 de junho, às 9 horas, na Câmara Municipal, para avaliar os rumos do movimento.